Bom Natal, boas entradas e bons rides!

Enquanto 2010 não chega, e com ele a minha alta medica para a pratica do desporto dos duros, carinhosamente apelidada de “bicicletas malucas” pelo cirurgião que me operou, dedico-me á vertente mais democratizada do btt o cross-country !
Digo-vos, que, desde que me lembro de mim com uma bicicleta sem rodinhas (uma bmx vermelha e azul com amortecedor ao meio) que sempre gostei de andar de bike por esses montes fora em sítios ermos e pouco utilizados onde só vislumbramos peugadas de bichos, caganitas de coelho, silvas que trespassam todo o caminho prontas para nos degolar sem sequer partirem um ramo!
Ahhhh que bom que é chegar a casa com lama nos dentes, pernas doridas, sangue na roupa e claro mais uma ou outra marca de guerra! Alem de todos estes troféus, outra das atrações desta modalidade é o espírito guerreiro necessário para travarmos a guerra interna entre pararmos para descansar e petiscar qq coisita, ou, continuar a subir e se possivel puxar um pouquinho mais, apesar de termos as pernas a arder.
Ultimamente entrou outra variante que me deixa ainda mais embevecido pelo XC, a competição! O querer fazer melhor que o bakano que tem um canhão de 3500€, ficar o mais perto possível do 1º classificado, um qualquer campeão nacional, regional ou um ciclista de estrada que conhecemos da volta a Portugal. Mais ainda quando trabalhamos com pessoas que também gostam de bikes e que andam tanto ou muito mais que nós e que nos fazem querer estar cada vez melhor para que na próxima seja possível encurtar a distancia entre nós, a tão famigerada corda (expressão utilizada para denominar uma real abada)!
Posto isto digo-vos que foi neste sábado que fiz a minha 2ª participação em provas de xc, desta vez foi bem mais perto de nós em Canha a poucos km do Montijo.Uma prova, diga-se, com um índice de dificuldade baixo pois aquela zona não é conhecida pelas suas montanhas, infelizmente o nível técnico não era muito elevado, pois não vi qualquer single track, raríssimas descidas interessantes e as que haviam eram em estradão e curtinhas, daí que tenha conseguido fazer uma média a rondar os 20km\h, pois acabei os 40 km com 2h18m num honroso 360º lugar (em 630 participantes), de referir ainda o excelente almoço que nos serviram pois havia comida que nunca mais acabava, e comi pra mundial…
A grande novidade nesta participação foi a equipa que representei, a gravity assisted sports. Pela 1ª vez na sua curta historia a G.A.S. esteve representada numa competição de bikes, para já no xc, quem sabe daqui a uns tempo que voos nos estejam destinados.
Uma curiosidade, assim que acabei a prova estava com uma fome daquelas e passei por uma barraquinha logo a seguir á meta que tinha uns acepipes e um liquido qualquer a jorrar duma torneira metálica e foi ainda vestido de licra e de bike na mão que ataquei os tais aperitivos, sabem o que era??
- torresmos e imperiais!!
Para já ainda não tenho qualquer foto disponível excepto as dos fotógrafos oficiais da prova que por duas fotos A4 cobraram-me 5€! Não fosse o cansaço e tinha-lhes mostrado como é que era!
Se quiserem ver a GAS numa lista de participantes ou numa tabela de classificações procurem pelo dorsal (neste caso o frontal) nº 427 em:
(www.btt.campoaventura.com/maratonabttcanha2009/)
por agora ando muito divido pois sinto que vai chegar uma altura em que vou ter de escolher qual das duas modalidades é que vou abraçar mais afincadamente, e para fazer xc basta sair de casa, andar de bike um par de km e já estamos a faze-lo.
abrçs
jay
Os numeros têm esta coisa de solidificarem e definirem “barreiras psicológicas”. Qual de nós em pequeno, não sonhava com o ano 2000, viveu especialmente os 50 anos do desembarque da Normandia, ou os 200 anos da revolução francesa? O número que hoje aqui vos trago é o “1000”. Por duas razões distintas: o nosso site atingiu as 1000 visitas desde a implementação do “hits from the bong”, e a petição online contra a interdição das pistas também já superou essa “barreira psicológica” das 1000 assinaturas. Fica desde já aqui o apelo a todos os visitantes desta página, a seguirem o link
PETIÇÃO ONLINE contra o encerramento das pistas da Malveira
sector clear for take off
Falando de coisas mais agradáveis… enquanto a petição não surte o efeito desejado, temos andado aí “on tour” pelos vários spots que entretanto sobrevivem aqui na zona de Lisboa. Depois do Turcifal, e como este fds estavamos sem carrinha, fomos até ao Outeiro da Vela experimentar o “campo de treinos” do CPFR. Mal lá chegámos, a minha primeira surpresa foi quem já lá estava… o Sr. Carlos, que continuarei a chamar de senhor, pois a sua veterania assim o exige, e que apesar disso, se manda sem receios a uma serie de coisas que eu tive de medir 2 ou 3 vezes antes de as fazer. Quando for grande, quero ser assim.
"viste o Sr. Carlos a mandar-se ao table?"
A manha de Sábado foi muito proveitosa, pois a confiança que muito abalada andava por estes lados, voltou a surgir depois de ½ duzia de obstaculos bem executados. Foi curvas, verts, drops e tables com fartura, a tal ponto que num dos tables, a recepção já estava de tal modo curta que ia provocando umas surpresas desagradáveis. Para mim, foi uma novidade… acho que foi a primeira vez que me deparei com uma recepção “curta” para os meus saltos. Para além disso, o Tó levou a filhota, que para além de chamar maricas ao Covas (o que só por si, revela uma prespicácia precoce da Maria) se fartou de nos tirar fotografias, mesmo boas aqui pro blog.
ou emagreces 15Kg ou mudas de molas...
Próximo Sábado ainda não se sabe bem onde vai ser a incursão. Também ainda não sabemos se há tranporte ou não, o que será determinante para a nossa escolha. Se houver, vamos continuar com este nosso “tour” pelas pistas aqui da área de Lisboa, e depois de termos visto uns videos de uma pista em Sesimbra estamos muitos tentados a que seja este o nosso proximo destino. Há que começar a treinar bracinhos para a ida a “Maizena”!!
Em Manzaneda, sobe-se, mas não é a pé!