A Wheeler andava parada há uns tempos. Não só tinha sido atirada para os rolos como tinha sido convertida em estendal, mas depois de uma visita ao Sr. Artur ficou como nova. Quem não sabe, o Sr. Artur é um ex atleta do Sporting que correu nos anos 50 e 60. E digamos que o seu conceito de alta tecnologia são bikes cujas rodas já não são de madeira. Atendendo a este lapso temporal entre a realidade e a realidade daquela loja, é raro lá meter as minhas bikes, pois ali, o último grito em travões ainda são os V-Brakes. Mas a Wheeler é low-tech, bem à medida do Sr. Artur, e saiu de lá afinada e pronta a rolar. Já eu, estava pouco preparado para a aventura em me estava a meter. Não em termos físicos, pois o kick de uma rígida é completamente diferente. Cada pedalada é transferida para a roda, não se anda ali “nhec-nhec” aos pulinhos no amortecedor, e de facto, em termos de eficácia, não há nada a apontar. Mas, e como é do conhecimento geral, sou pouco dado a corridas, muito menos em uphill, pelo que ir depressa ou devagar pouco interessa. Já a nível de conforto… que desgraça!
