sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Nu ride in da hill

Tantas idas à oficina, tinham de acabar nisto... comprei uma bike nova!! Uma Mondraker Curve, de 2006. Era exactamente o que eu procurava, uma All Mountain... com vocação de descida mas que não me impedisse de ir dar umas pedaladas pelas encostas acima. Depois de 3 dias a habituar-me à nova posição no "cockpit", estava na hora de a levar para qualquer sitio mais puxado, onde desse para testar a máquina a fundo. Nada melhor que um freeride em Sintra...

Sub: "Está um bom dia para morrer..."


Depois de muitos desencontros motivados pela falta de rede nos telemóveis, lá nos conseguimos juntar no ponto de largada para o playground. Primeira manga... 6 riders pela encosta abaixo.
Definitivamente o inicio da pista não é para mim. Eu tenho dificuldade em descer aquilo a pé, quanto mais de bicicleta. E aqueles drops no meio das rochas, em que a recepção é não se sabe bem onde, continuam a parecer impossíveis. Para mim, o divertimento começa 30 metros abaixo. Aí sim, estamos em casa... Ladeira abaixo, ainda deu tempo para o Jay se embrulhar à saida de um gap, para o Telmo cair porque - diz ele - se virou para nos dizer qualquer coisa e para eu furar mesmo a chegar ao fim.

Six men down...



A seguir desço só eu e o Pacheco. Sempre a abrir por ali abaixo, foi altura de testar a fundo a bike e não me deixou ficar mal... Os 150mm à frente a corrigirem o piso a permitirem um controlo bem eficaz. Muito ágil a permitir derrapagens sempre controladas e curvas apertadas. A velocidades mais altas é só puxar o peso mais para trás e deixar que o amortecedor faça o seu trabalho. E sempre que é preciso afrouxar o andamento os travões Formula K18 são precisos e eficazes. Só o guiador é que é demasiadamente largo. Mas enfim, é uma questão de hábito.

Jay: "Deixa lá dar aí uma voltinha..."


Resumindo e baralhando... A Mondraker Curve é uma máquina todo-o-terreno. Apesar de evidenciar aquela cadencia "molengona" típica das bikes de suspensão total nas subidas em asfalto ou terra batida, em subidas técnicas é muito eficaz a por a força na roda e a por a roda no chão. Quando se trata de descer, está em casa. Tem um balanço perfeito entre agilidade e estabilidade, e quando se mete o peso no sitio certo é perfeita para descer... e é mesmo nas descidas que se sente mais à vontade (ou serei eu?).



Agora, é esperar que faça muitos kms...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Vamos "à Terra"?

O titulo do post resume bem o fim de semana longo que agora passou. Agarrámos nas nossas bikes e fomos curtir para "a Terra". A minha terra. Minha como quem diz, porque os ancestrais já sairam de lá há duas gerações, mas a haver uma "terra", é aquela.
"A Terra", Vila do Touro de seu nome, fica na extremidade do concelho do Sabugal, no distrito da Guarda. Meia virada para a Serra da Estrela e meia virada para a Malcata, eleva-se uns generosos 830m do nivel do mar, com direito a castelo (agora em ruinas de onde dificilmente se discerne um castelo) e a foral logo em 1220. Enfim, "a Terra" transpira mística. Nesta mistura de tradição, muito granito, paisagens rudes e trilhos absolutamente brutais, aparecemos nós para um fim de semana de 3 dias.



Gravity Assisted Sports arrives in town...


A ideia original era ir experimentar o Bike Park da Estrela, mas que para surpresa de todos esteve "encerrado para manutenção" no que se previa ser um fds de grande afluencia. Pelo menos assim nos foi dito ao telefone. Tivemos de nos contentar com uns "agressive cross country", que mais uma vez se revelaram "too agressive" para a minha bike. Mesmo já no final do 1º dia a pedaleira que vinha de origem cedeu aos milhares de kms que já tinha...


Um "best time shot", com um drop do Jay


Como tinhamos connosco um "rookie" no MTB montado numa "marca branca" (na verdade, a marca do maquinão era BIKE QUEEN, o que valeu ao Xê a alcunha temporária de "A Raínha das Bicicletas") a 1a metade da volta foi calminha, mais em jeito de passeio, com muitas paragens para curtir nos sempre presentes afloramentos rochosos de granito que têm uma aderencia muito caracteristica... o sitio perfeito para ensaiar uns saltos. Depois de um desses saltos tive um furo e acabei por descobrir que a camara de ar sobressalente que trazia comigo afinal eram duas de roda "16. Não me perguntem como e porquê, porque não faço ideia... só sei que devo uma camara de ar ao Jay. Já na 2a metade da volta, e com o nosso "rookie" já a tomar banho, foi puxar, puxar, puxar. Puxei tanto que a pedaleira foi-se...


No 2º dia foi necessário trocar a pedaleira... visita à Guarda, ficando desde já os agradecimentos à SPORT BIKE / "Pirry" pela ajuda que deu. Novamente bem montados, fomos a um "agressive XC". Mais uma vez, demasiado agressivo. Completamente fora dos trilhos existentes, acabámos por nos perder bem no meio dos montes... mas graças a "instintos felinos" colectivos (não estivéssemos nós perto do habitat do lince Ibérico) e a uma boa dose de sorte conseguimos chegar depois do sol se por, mas antes da escuridão absoluta.


Sub - "Isto aqui em cima é giro,
mas não se vê caminho em lado nenhum..."



Na manha seguinte, no dia de regresso, ainda houve tempo para irmos para uma descida daquelas mesmo velha guarda que descobrimos por lá... rápida, muita rocha, saltos naturais, muitas curvas abertas, zonas para puxar pedal, transferências, múltiplas trajectórias e a fazer valer os 830m de altitude de onde começa. Não podiamos ter tido melhor despedida.



domingo, 26 de agosto de 2007

The playground

Ontem foi dia de uma aventura no freeride... fui com pessoal de Polima (http://www.polimaradical.site.vu/) para um trilho em Sintra. Eu, que nem gosto muito de "corridas de obstáculos", deparei-me com uns 400m verticais, do mais técnico em que já me meti, com saltos para todos os gostos e obstáculos que à 1ª vista são tudo menos "cicláveis". E fizemos isto tudo (bem, "quase" tudo...) montados em semi-rigidas. Uns com uma boa suspensão dianteira, outros (como é o meu caso) com uma fantástica RST de 99, com tecnologia de elastómeros. Mas o que interessa é a ride e... what a ride!!


Hugo (Pacheco), o "anfitrião" da minha incursão
de ontem em Sintra com os riders de Polima


O ataque começou as 10:30, depois de totalmente equipados e protegidos para o que aí vinha. A pista faz a ligação entre os vários troços de uma estrada florestal/incendios que serpenteia pela serra de Sintra abaixo na encosta Sul, e em cada interseção do trilho com essa estrada parávamos para re-agrupar e "mandar umas caralhadas" tipicas de quem está encharcado em adrenalina... Lá mais para o fim, parti a corrente (enfim, não tinha esticador), o que tornou o desafio ainda maior. Ultrapassei vários obstáculos em que sinceramente, na fracção de segundo antes de os abordar pensei "não tenho mãos para isto, mas agora já não há nada a fazer...siga!!!" . Depois de umas quedas sem importancia, de uns encostos a umas árvores, chegámos ao fim a arfar e com enormes sorrisos escondidos atrás dos capacetes. Como não temos uma pickup para nos ir buscar lá abaixo, há que subir a pé... um pequeno preço a pagar pelos minutos de emoção.

Na 2ª "manga" acabámos numa zona que tem uns obstáculos... absurdos! Paredes de "releve" com 2m de altura, drops de 3m... enfim, daquelas coisas que eu não faço. Dois mais corajosos abordaram aquilo... e após dez segundos tinhamos dois homens no chão, um deles magoado. O resultado foi uma visita à ortopedia do hospital de Cascais e um pé imobilizado durante uma semana.

O Hugo a dar "apoio moral" ao Gonçalo
depois da queda mais complicada do dia



Apesar dos precalços, uma coisa é certa: vamos todos lá voltar!!!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

sub 22

Depois de precisamente 22 dias sem me montar numa bicicleta tive o prazer de ir dar uma voltinha. A "tatuagem" no braço já quase desapareceu... e praticamente não tenho dores.
Foi uma voltinha serena, 100% de alcatrão, em que a coisa mais excitante foi descer um passeio. Melhores dias virão, com adrenalina e descidas em que dá para cair, esfolar e todas essas coisas boas de que um gajo continua a gostar e a "esforçar-se" para que aconteçam.


domingo, 8 de julho de 2007

"O Cotovelo do Sub"

É habitual, nos desportos de velocidade, dar um nome a certas passagens mais dificeis para mais facilmente memorizar trilhos. E é igualmente habitual que esses nomes estejam relacionados com acidentes que aí tenham ocorrido. Já na famosa "Repack" - a descida na California onde o MTB downhill começou em 1974 - havia duas passagens com nomes sugestivos:
Vendetti's Face, onde Marc Vendetti deixou marcas vitalicias na cara,
Breeze Tree, onde Joe Breeze embateu violentamente numa arvore.



Ontem houve mais um baptismo. Na já baptizada "Descida do Jay" na Ericeira tive uma daquelas quedas, da qual saí quase ileso. Vim agora do hospital, e com 8 dias pela frente de braço ao peito, sinto-me no direito de baptizar aquela curva para a direita em cotovelo com 2 saltos e uma arvore morta pelo meio de: "O cotovelo do Sub"!!



quinta-feira, 5 de julho de 2007

Dá-lhe G.A.S.


Aqui se inicia um blog dedicado a todos os riders que gostam de longas descidas de MTB e ao DownHill, modalidade que deu origem ao mountain biking nos anos 70, na sua vertente original de "time trial" em detrimento do formato de "corrida de obstáculos" que hoje se vulgarizou.

Ninguém aqui tem aspirações olimpicas nem bicicletas de 2500e. Apenas se procuram emoções fortes depois de um dia de trabalho.

a "10m/s2" ninguem nos ouve gritar,
Gravity Assisted Sports