Pois é, a prova de XC já foi, e digo-vos (neste caso escrevo) que foi bem durinha, prova disso foram as inúmeras inscrições de ultima hora (leia-se durante o percurso) na corrida dos 25km em vez dos iniciais 50km.
Agora e passadas umas semanas já não tenho o trajecto tao presente, apenas fixei mentalmente as partes mais marcantes do percurso, como a 1ªsubida que alem de comprida e de ter uma inclinação brutal, tinha um piso de pedra grande e solta, ou seja, sempre que se tentava pedalar a roda resvalava ou derrapava e não havia tracção suficiente para começar a andar, só mesmo desmontado! Depois do calvário da 1ªsubida uns kms em plano ou pelo menos parecia plano após aquele porradão inicial, ate que se chegou ao 1º e excelente abastecimento. Havia de tudo, água, sumo, café, fruta (da quem vem nas árvores) com fartura, sandes variadas, bolos, parece que até havia pasteis de nata mas quando cheguei já não os vi.
Após esta paragem e antes de recomeçar havia uma placa de aviso com o sinal de perigo, como sou novo nas andanças assustei-me com aquele aviso e comecei a secção desmontado ,como todos os outros, passados poucos metros as manhãs em Sintra vieram ao de cima e tá a montar que cheguei a uma parte engraçada, e foi verdade, uns 2 a 3 kms em descida em singletrack, mesmo single, do mais técnico que pode haver quase a roçar o trialeiro, possivelmente a parte que mais gostei de todo o percurso apenas comparável á ultima descida, assim que montei e após o susto inicial, fruto daquele sinal de perigo, foi só ultrapassar uns quantos que iam a medo e depois foi sempre a dar-lhe de fininho só tive pena de não ter la a minha malcheirosa, mas mesmo com a rígida e a levar porrada nas costas curti pa mundial sempre com um sorriso de orelha a orelha. Mas como o que é bom acaba cedo e o pessoal do XC é um bocado esquisito, parece que gostam mais de subir do que descer la veio outra subidita e o single acabou com muita pena minha!! depois disto mais uns quantos kms a pedalar que já apaguei da memoria, apenas registo para dois pormenores engraçados, numa parte do percurso paralelo á A23, encontrei uns quantos raiders parados a analisar o próximo troço e ouvi-os a comentarem que só dava desmontado, musica para os meus ouvidos, gritei "olha aí deixa passar" cheguei o rabo para trás e la fui eu para espanto dos bacanos... diga-se nada de especial, mas foi um episódio que me deu força para mais uns kms de esforço a pensar naquilo e com o ego la em cima (posso nao valer nada a subir mas a descer, carail, ninguem me agarra).
Outro pormenor interessante foi um saudável e inconsciente picanço que tive com uma rapariga que trepava nas horas e me dava sempre grandes ratadas mas na descida seguinte apanhava-a e ultrapassava-a sempre, andamos nisto uns valentes kms, a subir passava ela a descer passava eu, ate que numa das grandes subidas e quase a chegar ao topo ela caiu e assustou-se pois só havia uma berma, a outra era uma ribanceira com dezenas de metros a descer quase a pique. ela não montou mais e quando a passei poucos metros á frente da queda dela ainda deu para lhe perguntar se tava tudo bem, ou seja, ainda a consegui ultrapassar numa subida (mais uma pequena vitoria moral, daquelas que nos dão ânimo numa altura em que já não abundam forças, +- por volta do 38km). os últimos 10 km sem duvida que foram de puro sacrifício, sobretudo porque a organização nos presenteou com mais uma valente subida, não tão agressiva como a 1ª, mas sem duvida, mas muito mais comprida que, parecia que nunca mais acabava, eu todo roto e só via era subida... fdp!
A única coisa que ajudava naquela escalada, era saber que era a ultima do género e que a seguir era só descer ate Minde, e que descida! Estradão de alcatrão que deu para atingir a velocidade máxima na prova, houve quem tivesse dado 70km\h, no fim da rampa e em local estratégico para cortar a velocidade estonteante o ultimo check point da corrida, seguidamente mais um sinal de perigo e entrada em mais um singletrack brutal, sempre a descer com uma inclinação assinalável, muito técnico mas mais rápido que o 1º, apenas aqui encontrei vitimas do percurso, só no fim da prova vim a saber que era uma parte do caminho dos peregrinos de Fátima ou do caminho de Santiago é como preferirem. um trilho cheio de curvas e contra curvas com micro-ondas e maquinas de lavar pelo meio onde os pedais estavam em permanente contacto com os obstáculos do trilho, muito bom mesmo!
Mais uns poucos kms a pedalar até chegar á vila e antes da meta um género de downtown de 1 a 2 km de comprimento com os populares a puxarem por nós, o trauma das escadas ficou em Lx e foi só dar espectáculo, era só puxar por ela e por mim, quando dei conta já fazia as escadas em salto e só ouvia os naturais a gritarem e a vibrarem, grande momento!!! Até que vejo a famigerada META e como que por magia o cansaço desapareceu e ainda deu para ultrapassar mais 3 gajos. passadas 3H e 52m cruzei a linha de chegada, todo rebentado mas com uma sensaçao que nunca tinha experimentado, única ate hoje!
Muitos PARABÉNS á organização, que teve tudo pensado ao pormenor, o único senão foi mesmo a demora para o almoço.
abrçs
jay
Agora e passadas umas semanas já não tenho o trajecto tao presente, apenas fixei mentalmente as partes mais marcantes do percurso, como a 1ªsubida que alem de comprida e de ter uma inclinação brutal, tinha um piso de pedra grande e solta, ou seja, sempre que se tentava pedalar a roda resvalava ou derrapava e não havia tracção suficiente para começar a andar, só mesmo desmontado! Depois do calvário da 1ªsubida uns kms em plano ou pelo menos parecia plano após aquele porradão inicial, ate que se chegou ao 1º e excelente abastecimento. Havia de tudo, água, sumo, café, fruta (da quem vem nas árvores) com fartura, sandes variadas, bolos, parece que até havia pasteis de nata mas quando cheguei já não os vi.
Após esta paragem e antes de recomeçar havia uma placa de aviso com o sinal de perigo, como sou novo nas andanças assustei-me com aquele aviso e comecei a secção desmontado ,como todos os outros, passados poucos metros as manhãs em Sintra vieram ao de cima e tá a montar que cheguei a uma parte engraçada, e foi verdade, uns 2 a 3 kms em descida em singletrack, mesmo single, do mais técnico que pode haver quase a roçar o trialeiro, possivelmente a parte que mais gostei de todo o percurso apenas comparável á ultima descida, assim que montei e após o susto inicial, fruto daquele sinal de perigo, foi só ultrapassar uns quantos que iam a medo e depois foi sempre a dar-lhe de fininho só tive pena de não ter la a minha malcheirosa, mas mesmo com a rígida e a levar porrada nas costas curti pa mundial sempre com um sorriso de orelha a orelha. Mas como o que é bom acaba cedo e o pessoal do XC é um bocado esquisito, parece que gostam mais de subir do que descer la veio outra subidita e o single acabou com muita pena minha!! depois disto mais uns quantos kms a pedalar que já apaguei da memoria, apenas registo para dois pormenores engraçados, numa parte do percurso paralelo á A23, encontrei uns quantos raiders parados a analisar o próximo troço e ouvi-os a comentarem que só dava desmontado, musica para os meus ouvidos, gritei "olha aí deixa passar" cheguei o rabo para trás e la fui eu para espanto dos bacanos... diga-se nada de especial, mas foi um episódio que me deu força para mais uns kms de esforço a pensar naquilo e com o ego la em cima (posso nao valer nada a subir mas a descer, carail, ninguem me agarra).
Outro pormenor interessante foi um saudável e inconsciente picanço que tive com uma rapariga que trepava nas horas e me dava sempre grandes ratadas mas na descida seguinte apanhava-a e ultrapassava-a sempre, andamos nisto uns valentes kms, a subir passava ela a descer passava eu, ate que numa das grandes subidas e quase a chegar ao topo ela caiu e assustou-se pois só havia uma berma, a outra era uma ribanceira com dezenas de metros a descer quase a pique. ela não montou mais e quando a passei poucos metros á frente da queda dela ainda deu para lhe perguntar se tava tudo bem, ou seja, ainda a consegui ultrapassar numa subida (mais uma pequena vitoria moral, daquelas que nos dão ânimo numa altura em que já não abundam forças, +- por volta do 38km). os últimos 10 km sem duvida que foram de puro sacrifício, sobretudo porque a organização nos presenteou com mais uma valente subida, não tão agressiva como a 1ª, mas sem duvida, mas muito mais comprida que, parecia que nunca mais acabava, eu todo roto e só via era subida... fdp!
A única coisa que ajudava naquela escalada, era saber que era a ultima do género e que a seguir era só descer ate Minde, e que descida! Estradão de alcatrão que deu para atingir a velocidade máxima na prova, houve quem tivesse dado 70km\h, no fim da rampa e em local estratégico para cortar a velocidade estonteante o ultimo check point da corrida, seguidamente mais um sinal de perigo e entrada em mais um singletrack brutal, sempre a descer com uma inclinação assinalável, muito técnico mas mais rápido que o 1º, apenas aqui encontrei vitimas do percurso, só no fim da prova vim a saber que era uma parte do caminho dos peregrinos de Fátima ou do caminho de Santiago é como preferirem. um trilho cheio de curvas e contra curvas com micro-ondas e maquinas de lavar pelo meio onde os pedais estavam em permanente contacto com os obstáculos do trilho, muito bom mesmo!
Mais uns poucos kms a pedalar até chegar á vila e antes da meta um género de downtown de 1 a 2 km de comprimento com os populares a puxarem por nós, o trauma das escadas ficou em Lx e foi só dar espectáculo, era só puxar por ela e por mim, quando dei conta já fazia as escadas em salto e só ouvia os naturais a gritarem e a vibrarem, grande momento!!! Até que vejo a famigerada META e como que por magia o cansaço desapareceu e ainda deu para ultrapassar mais 3 gajos. passadas 3H e 52m cruzei a linha de chegada, todo rebentado mas com uma sensaçao que nunca tinha experimentado, única ate hoje!
Muitos PARABÉNS á organização, que teve tudo pensado ao pormenor, o único senão foi mesmo a demora para o almoço.
abrçs
jay