terça-feira, 24 de agosto de 2010

mais uma voltinha

Apesar do calor que se fazia sentir no Sábado de manhã, isso não desanimou os guerreiros de mais uns rides ali pela Serra de Sintra. Aliás, às 9 da matina já as tropas estavam prontas a anadar. Como fui eu o último a chegar, foi sair de um carro e entrar no outro, nem me deram tempo para equipar. Assim, a primeira descida do dia ficou ao cargo do Christiano, do Paulo e do Mário. Este último, acabadinho de chegar de uma bike trip aos pirinéus, voltou ainda com mais andamento. Uma coisa em que reparei, foi que o pessoal se tem juntado para ir dar "um jeito" aos trilhos. A "mama" do CPFR acabou e alguem tem de fazer alguma coisa pelos trilhos que já foram legais e por aqueles que nunca foram. Este sábado, havia pessoal a bulir no lucky. E alguem andou a bulir nos burros, pois via-se que estava outra vez limpo.


A única sombra disponível


Foi precisamente nos burros, na 2a descida, que a guia de corrente da minha chili resolveu dar o badagaio outra vez. Fiz o resto da descida sem corrente. Mesmo depois de ter ficado sem transmissão, aproveitei o "momentum" para fazer a ultima vertical, depois de ter tido o devido incentivo dos meus colegas e do Paulo me ter indicado "a linha perfeita" para o fazer. Ali já não volto a parar! Depois deste incidente com a Chili, para as Torgas não dava para ir sem corrente. Por isso pedi a Demo do Paulo e lá fui. Realmente um guiador largo faz diferença... para o bom e para o mau. Se por um lado até consegui fazer um bocado da trialeira graças aquela posição super racing, por outro, numa das zonas rápidas, bati com a mão esquerda num tronco e lá fui ver as silvas outra vez. Na última do dia (é sempre na última), o Mário protagonizou um valente espeta, depois de um salto "no foot", em que aterrou de barriga no selim e depois entalou as joias da familia na roda. Acabei de falar ao telefone com o Jay e ele diz que próximo Sábado é que é!!


Rearview mirror view


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

devil pads & disco sleepers

Depois de mais uma acesa discussão este Sábado acerca de usar ou não "devil pads" (pedais de encaixe) e "disco sleepers" (aqueles sapatinhos lindos com SPDs) deixo-vos mais um argumento que justifica a minha opinião. Encaixes aqui é que era de homem!!!




segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bota fogo e deixa arder



Depois de uma semana, em que dia sim dia não houve um incêndio na mata de Belas, a malta da GAS decidiu ir ver os estragos que por ali vão sendo provocados. E quando digo provocados, não o digo á toa. Este é o 3º ano consecutivo com incêndios naquela zona. Só durante as 2 ultimas 2 semanas, houve ali 3 incêndios, uns pequenos, outros maiores. Um dos mais caricatos, deflagrou às 22:45, que é sempre uma hora em que faz grande calor... no deserto do Nevada... Ainda mais surpreendente, é aquela zona estar debaixo do nariz de uma torre de vigilância (de incêndios, imagine-se!), com presença permanente de um Bombeiro, num local que tem dois pontos de acesso com "casinha" dos seguranças, para além das rondas que fazem de mota. Infelizmente, o que pouco surpreende, é tratar-se de uma zona onde existem fortes interesses imobiliários. Usando uma frase do Jay "pior do que os incêndios é se agora os deixavam construir ali. Isso sim, era uma vergonha".


Interesses imobiliários escondidos atrás das árvores...


Para não compactuarmos com esta vergonha e para avaliar os estragos, às 8:30 da manhã estava o Jay, o Tó e eu no local de encontro habitual. O Jay vinha artilhado para fazer uma etapa da "volta", mas enganou-se no dia e no local. É certo que os "estradistas" passaram ali perto, mas foi no dia seguinte, e no asfalto a caminho de Queluz. Ali para Belas, a escolha deveria recair sempre em qualquer coisa com algum "sloping" (eu sei que o Jay adora esta expressão) . Apesar da geometria trepadora da bike que levou, desceu heroicamente nos 3 trilhos do marco geodésico.


Aqui já não há árvores onde se esconderem...


Depois de uma passagem pela zona onde eram os Marretas, mas que agora se encontra debaixo de um "mar" de árvores que foram abatidas (pode dar jeito aos incendiários), fomos até ao também extinto "trilho do punhetas" - o inicio está fechado por árvores abatidas (não vão os incendiários precisar de lenha seca para atear um fogo), a ponte está queimada desde o ano passado, o table está com a recepção completamente destruída e os pequenos saltos que se seguiam também estão praticamente destruídos. Restavam-nos os trilhos no marco geodésico.


A primeira subida do dia para verificar os estragos a norte da mata



Debaixo da figueira, no final do trilho da mini, estavam os nossos companheiros da luta ali em Belas, Maus Caminhos Team. Como não podia deixar de ser, o tema de abertura da conversa foram os incêndios. Enquanto se subia pela estrada, uns de bike outros à mão, fomos observando a extensão queimada. Mas o que nos deixou mais preocupados foi uns arbustos que ainda deitavam fumo. Depois de uma observação mais atenta, detectámos um pequeno tronco, ainda a arder. Quase com certeza que daí a uns 10 minutos íamos ter festa outra vez ali na mata, não fosse a rápida acção dos "sapadores ciclistas" que intervieram com garrafas, camelbaks e até com uma "sussa" do Tó.


3 helis, 2 canadair, 56 veículos, 211 homens e o Tó "mijadinho"


Finalmente, e sempre debaixo do olhar atento do bombeiro de serviço na torre descemos pelo trilho do CDBelas. Continua como sempre foi - duro, lento e cheio de pedra. Talvez um pouco pior, pois a pista está bastante degradada. Nova subida, e nova descida, desta vez pelo mais recente trilho da mini. O roadgap começa a parecer mais "fazível". Um dia destes lá terá de ser. Na ultima descida viemos pelo trilho dos fetos. Continua a ser o meu preferido.


Ricardo, trailbulder, a explicar a "equação" do road-gap


Foi uma manhã bem passada, sempre em saudável convivio. Temos de ir ali a Belas mais vezes, até porque ouvimos dizer que o recorde de descidas acumuladas num dia ali está em 16. Sim dezasseis. Eu acho que nem com telecadeira conseguia tal proeza.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ride it like you stole it @ Sintra

Há quanto tempo já não tinha "um bom dia para morrer"... Para quem não sabe, esta expressão foi usada numa das primeiras incursões da GAS nas pistas da Malveira, e há já muito tempo que não sentia aquele feeling em que o objectivo do dia é fazer coisas e esticar a corda, passando para 2º plano um objectivo quase sempre presente que é tentar não me aleijar. Foi assim este Sábado, na companhia do Christiano e do Tó. Estes rapazes têm ido aos treinos e isso nota-se no andamento. Fui passando a manha a ganhar confiança e enquanto os bracinhos permitiam, a tentar encurtar as distâncias.


"Encolhe a barriga"


O dia começou logo bem cedo. Este meninos não brincam, e a hora para o encontro na Malveira é as 8 da matina. Já nem ao Sábado me deixam dormir. Mas diga-se que não foi nada mal jogado, porque às 10 da manhã já se batiam os 30ºC ali na Malveira, e com coletes e protecções, o calor era mesmo insuportável. Acabei a manha um bocado desidratado... A 1ª do dia foi na velhinha Malveira, com o Christiano à frente. Eu bem tentei acompanhar mas o homem anda solto, soltinho! Valeu que com ele à frente, descobri uma linha nova no RTLightning, que com piso seco poupa uns segundos e permite um abordagem mais rápida ao "salto do zinco". Depois da minha vez de conduzir fomos até ao Lucky.


Já tem 2ª e tá aí prás curvas


E se a malveira vai acusando o desgaste, o Lucky está com sérios problemas de queda de árvores. A mim ninguém me tira a ideia de que ali há uma mão maldosa a fazer aquele servicinho, pois não estamos em época de vento ou de terra encharcada (coisas que potenciam ou provocam queda de árvores). Ainda há 2 semanas andaram ali a limpar o trilho e esta semana havia pelo menos 4 árvores no chão, sempre em locais "estratégicos" e de modo a impedir a passagem. Não é que tenha pena das acácias, mas tenho pena dos trilhos e bem sabemos que aos Srs. Moradores da Malveira da Serra não gostam de bicicletas. Apesar dos esforços de desconhecidos em minarem aqueles terrenos para a prática de DH/FR, continuaremos a passar por baixo ou por cima de toda e qualquer árvore que não consigamos meter para o lado. E quando não puder andar de bike ali, hei-de ir para a porta deles assar sardinhas e ouvir musica africana em altos berros, mas antes disso hei-de fazer a vertical de pedra.

Onde mija um português, mijam dois ou três.
E isso é vá
lido em território nacional, independentemente da nacionalidade.


Durante a manhã fomo-nos dividindo entre os trilhos da Malveira e o Lucky. Fiz uma série de coisas que ainda não tinha feito porque ora levamos o Chris à frente a puxar ora o Tó atrás a meter pressão com a helmet cam. Mas o melhor estava guardado para o fim. Meti-me com o Chris num trilho que é "qualquer coisa do formigueiro". Não vi formigas nenhumas mas em compensação havia silvas em barda. Daí descemos por um trilho meio escondido que ainda não conhecia e que vai dar directamente aos shores da linha do Barbosa. É muito rápida e com muita pedra solta. Seguimos mais acima pela linha dos shores (sim, em cima deles, parece mentira né?), vi o Chris sacar o table e fui atrás, e a seguir a linha de duplos e fui atrás também. Fiquei tão contente com o meu 1º duplo que já não fiz o segundo, pois precisava de parar para comemorar. Ainda em estado de euforia, segui pelo shore grande e logo a seguir, outro shore. Enchi os meus companheiros de orgulho, em particular o Tó, que sempre achou graça à minha justificação para não me meter em madeiras suspensas- "não se anda de bicicleta em cima das árvores".



Silvas em barda