segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Enduro contra a crise
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Perdido (ou não) na Malveira
domingo, 1 de julho de 2012
GAS Oldschool
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Outeiro da Vela
quarta-feira, 20 de junho de 2012
A descida do Jay
terça-feira, 19 de junho de 2012
Salgueirinha
Saludos desde la piscina
terça-feira, 27 de março de 2012
A sopa para as nalgas
Assim, sem ninguém esperar, no ultimo fds fui com o Carlos e com o Tó dar uma volta de bike, para a zona verde que o Carlos apelida de “o meu quintal”. É que a verdade é que ele conhece os caminhos todos de Monsanto, inclusive aqueles que já nem existem e outros que, passamos por eles e nem damos conta que eles lá estão.
O entusiasmo era bastante, de tal modo que nem quase acusei o facto de às 8h00 já estar em benfica, totalmente equipado e pronto a raidar. Quando o Carlos e o Tó chegaram ainda fomos beber um cafezinho antes de arrancarmos para a mata. Chegados ao “pulmão de lisboa”, coloquei o meu destino inteiramente nas mãos destes dois senhores, uma vez que ali, eram eles os locals. As várias voltas que tenho dado por Monsanto ultimamente sempre serviram para ir reconhecendo alguns dos sítios por onde passávamos, sem no entanto fazer ideia de como ali tinha chegado. No entanto o ritmo estava mesmo de passeio, pois para além de eles os dois terem ido mandar umas descidas no sábado, o Tó estava precisamente com a mesma bike com que tinha andado a desbravar Sintra há um dia. Convenhamos que 180 atrás e 170 DC à frente não é a melhor configuração para pedalar, mas este homem é um verdadeiro allrounder, e nem precisa de uma bike com essas características. É evidente que passou a manhã aos pulinhos no amortecedor sempre que se subia, mas nas descidas desaparecia trilho abaixo, e quando eu acabava de baixar o selim já ele tinha acabado a descida.
Fomos andando, de spot em spot, com as indicações sempre precisas do Carlos, que ainda tinha uns conselhos na manga… no momento de pausa para reabastecimento começa a falar do cansaço e que quando chegasse a casa ia fazer uma “sopa para as nalgas”. Fiquei interessado na coisa, não por causa das nalgas em si, mas porque toda a vida andei a ouvir falar de mezinhas e engenharias de baixo nível associadas ao ciclismo: desde pasta de dentes nos aros para travar melhor, passando pelos cubinhos de marmelada cobertos com açúcar, e até mesmo a famosa fita de gaze nas manetes de travão. A verdade é que todas, com maior ou menor sucesso, funcionavam, o que me pôs imediatamente alerta para a “sopa para as nalgas” de que o Carlos começava a falar… Perguntei imediatamente, “conta lá, como é que isso funciona?”, e quando eu pensava que ia ouvir aí de uma infusão marada de água, diluente, dentes de alho e hortelã, o Carlos responde “Arranjas um alguidar com água e metes as nalgas lá dentro”. Não consegui parar de rir durante 5 minutos, tal foi o desfasamento da resposta face à expectativa. Esta meteu as minhas “engenharias de baixo nível” num patamar bem elevado!
Depois de conhecida a cura para os males que ainda estavam para vir e já sem qualquer medo de que as nalgas viessem a doer, montámo-nos novamente nas burras e continuámos a subir, para a seguir descer! Foi uma manhã excelente, já não andava de bike com nenhum destes dois senhores há algum tempo para além do ride, começou a por-se em marcha a organização da bike trip de 2012 que se tudo correr bem, vai rumar em Julho a La Pinilla!
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Fe2O3
O óxido ferro forma-se pela combinação de átomos de ferro com oxigénio, podendo assumir várias formas na natureza como a magnetite ou hematite, sendo esta ultima, a forma mais comum, também conhecida como ferrugem. Por esta hora, os caros leitores estão na dúvida se vieram para ao blog errado ou se perdi os últimos restos de sanidade que ainda tenho pelo que vou esclarecer quanto antes… o Fe2O3 abunda na GAS. A stinky para pegar de manhã teve de levar bala, a corrente da hotchili apresenta uma bonita cor entre o âmbar e o vermelho (tipo cor de ferrugem), as articulações dos pilotos rangem com os impactos, para além de uma grande quantidade de material oxidado na parte do cérebro que nos faz “não ter medo”.
Jay e "plastikman perninhas de alicate"
Apesar destes problemas relacionados com a falta de uso e com a pouca actividade que têm tido os representantes da GAS, este Sábado fomos ranger um bocado até ao Jamor, com direito a coletes e integrais para esconder toda a ferrugem que por aqui abunda. Os primeiros a chegar foram o “plastikman” e eu, que nos entretemos à espera do Jay a usar uns fumos especiais que lubrificam as articulações. Depois de vestido com a armadura medieval e com o capacete , resolvi fazer ali os primeiros obstáculos da linha. A ferrugem não deixava fazer lá grande coisa. Entretanto chegou o Jay e por ali continuámos a tentar perceber porque é que todos os kickers pareciam rampas de lançamento espacial apontadas à ursa menor, os gaps nos pareciam um “fosso dos leões” e os breves milissegundos no ar nos pareciam dois minutos em ausência de gravidade…
Hotchili finalmente fora da toca
Mas à medida que se faziam passagens, parecia-nos a nós que estes fenómenos iam ficando mais domesticados, e lá se começou a fazer umas linhas sem pensar muito se íamos ao chão ou não. E não fomos, o que só por si revela que andámos muito longe de outros tempos em que caiamos pelo menos duas vezes em cada descida. Bons tempos! Depois de tão reforçada a nossa confiança, fomos descendo pelo trilho abaixo para irmos fazer outros obstáculos, incursão esta que terminou na penosa subida até ao ponto mais alto. Aí, e depois de reabastecimento, continuaram-se a fazer uns obstáculos.
"Objects in mirror are closer than they appear"
Até que, na última descida (se não fosse mesmo mesmo a última tinha passado a ser), no roadgap, que até foi feito com alguma velocidade e desprovido de grandes receios, na recepção, o desviador entrou pela roda adentro e arrancou-se do dropout que ficou ligeiramente torto com o tratamento que levou. Nada que não se esperasse. No meio de tanta ferrugem alguma coisa ia ceder, e antes a bike do que eu. Este pequeno incidente no final voltou a sustentar vozes que por aí se levantam afirmando que o downhill custa 10€ em cada descida, só em material para a bike!
10€ por descida
Mesmo com os estragos foi uma manhã super bem passada a lembrar os old times em que se confraternizava mais do que se andava de bicicleta.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
domingueiros à terça
Ultimamente isto tem tido pouco de downhill e muito de allmountain. É que a própria bike é tão clara nas suas intenções que não deixa muitas alternativas ao sobe e desce “leg assisted”. Se era isto que eu queria, pois bem, é mesmo isto que tenho tido e até que tenho estado a gostar, porque sempre que o declive é negativo dá para tirar a ferrugem das articulações. E assim, lá tenho ido a todas as zonas verdes na área de Lisboa à procura de umas descidas radicais: sintra, belas, Monsanto e jamor, todas feitas com maior ou menor esforço e maior ou menor destreza.
Mas a última (re)descoberta foi mesmo o Jamor. Depois de uns dois anos em que tudo o que por lá se passava era a erosão dos saltos dos tempos antes do parque aventura, o lado este do complexo do Jamor volta a dar cartas. Tudo começou numa volta de Domingo cujo objectivo era mesmo ser uma volta de Domingo a passar nos sítios onde aqueles bikers domingueiros costumam ir… Jamor, Belem e Monsanto, por esta ordem.Fui por linda-a-velha e cheguei num instante à zona “radical” do Jamor, onde pensava que ia encontrar uns single tracks meio abandonados. Mas deparei-me imediatamente com uma série de saltos fresquinhos… baixei o selim, e lá fui eu por ali abaixo. A linha, roça o perfeito. Curvas e contra curvas com meio metro de apoio, wallrides, pequenos saltos e gaps. Atendendo a que ia de lycra, uma grande parte dos saltos ficou para outro dia, mas diverti-me tanto na descida que já só pensava em lá voltar no próximo dia de ride mas com integral, protecções e “longo curso”.
Gonçalo aka "plastikman", o único rider que eu conheço com
suspensão incorporada: um elastómero em vez do tendão de Aquiles
A questão é que “o próximo da de ride” já estava marcado para 3ª feira de carnaval com o Gonçalo. Ainda pensei em 1001 esquemas de como levar as 3 bikes no carro, mas acabei por levar apenas a "canivete suiço". O ride foi muito calminho, quase sempre em plano, com direito a foto com estilo domingueiro. Mas logo ao início, no Jamor, ainda se fez uma descida a comprimir a suspa nas curvas!
Ao que parece, este Sábado o jay vai tirar a ferrugem da stinky, eu vou tirar a ferrugem à chili e vamos tentar tirar fotos que não envergonhem a herança da GAS!