terça-feira, 27 de março de 2012

A sopa para as nalgas

Assim, sem ninguém esperar, no ultimo fds fui com o Carlos e com o Tó dar uma volta de bike, para a zona verde que o Carlos apelida de “o meu quintal”. É que a verdade é que ele conhece os caminhos todos de Monsanto, inclusive aqueles que já nem existem e outros que, passamos por eles e nem damos conta que eles lá estão.


O entusiasmo era bastante, de tal modo que nem quase acusei o facto de às 8h00 já estar em benfica, totalmente equipado e pronto a raidar. Quando o Carlos e o Tó chegaram ainda fomos beber um cafezinho antes de arrancarmos para a mata. Chegados ao “pulmão de lisboa”, coloquei o meu destino inteiramente nas mãos destes dois senhores, uma vez que ali, eram eles os locals. As várias voltas que tenho dado por Monsanto ultimamente sempre serviram para ir reconhecendo alguns dos sítios por onde passávamos, sem no entanto fazer ideia de como ali tinha chegado. No entanto o ritmo estava mesmo de passeio, pois para além de eles os dois terem ido mandar umas descidas no sábado, o Tó estava precisamente com a mesma bike com que tinha andado a desbravar Sintra há um dia. Convenhamos que 180 atrás e 170 DC à frente não é a melhor configuração para pedalar, mas este homem é um verdadeiro allrounder, e nem precisa de uma bike com essas características. É evidente que passou a manhã aos pulinhos no amortecedor sempre que se subia, mas nas descidas desaparecia trilho abaixo, e quando eu acabava de baixar o selim já ele tinha acabado a descida.


Fomos andando, de spot em spot, com as indicações sempre precisas do Carlos, que ainda tinha uns conselhos na manga… no momento de pausa para reabastecimento começa a falar do cansaço e que quando chegasse a casa ia fazer uma “sopa para as nalgas”. Fiquei interessado na coisa, não por causa das nalgas em si, mas porque toda a vida andei a ouvir falar de mezinhas e engenharias de baixo nível associadas ao ciclismo: desde pasta de dentes nos aros para travar melhor, passando pelos cubinhos de marmelada cobertos com açúcar, e até mesmo a famosa fita de gaze nas manetes de travão. A verdade é que todas, com maior ou menor sucesso, funcionavam, o que me pôs imediatamente alerta para a “sopa para as nalgas” de que o Carlos começava a falar… Perguntei imediatamente, “conta lá, como é que isso funciona?”, e quando eu pensava que ia ouvir aí de uma infusão marada de água, diluente, dentes de alho e hortelã, o Carlos responde “Arranjas um alguidar com água e metes as nalgas lá dentro”. Não consegui parar de rir durante 5 minutos, tal foi o desfasamento da resposta face à expectativa. Esta meteu as minhas “engenharias de baixo nível” num patamar bem elevado!


Depois de conhecida a cura para os males que ainda estavam para vir e já sem qualquer medo de que as nalgas viessem a doer, montámo-nos novamente nas burras e continuámos a subir, para a seguir descer! Foi uma manhã excelente, já não andava de bike com nenhum destes dois senhores há algum tempo para além do ride, começou a por-se em marcha a organização da bike trip de 2012 que se tudo correr bem, vai rumar em Julho a La Pinilla!



1 comentário:

FT disse...

Foi uma bela manha, sem duvida.Memorizem bem este trilho pois ficou conhecido como o o TRILHO das NALGAS, à espra demais uma voltinha por lá.
1 abraço
FT