terça-feira, 8 de setembro de 2009

Turcifal

Pois é meus rapazes, ando aqui com uma sensação de desmame que nem sei o que vos diga. Agora que nos tiraram o doce que era a Malveira, temos de andar aí a adoçante. Ainda por cima, o adoçante fica longe pra carail (não, não vou começar com esta história outra vez), para ser mais exacto, no Turcifal. Agora, é o spot (digno desse nome) mais perto aqui da Linha de Sintra, que em tempos foi "Linha de Sintra Hardcore" mas que agora está despojada do mtb hardcore que por aqui havia. Não posso deixar de comparar o dia de Sábado com o de há 6 meses atrás, em que floresciam saltos fresquinhos na mata de Belas, nos mandávamos aos gaps do Jamor e rebolávamos pelas encostas mágicas da Malveira. 6 meses depois nada disto ta de pé e temos de ir andar de bicicleta para o carail (so mais esta), porque não nos queremos vergar à triste realidade de que por estas bandas, o mais hardcore que há pra fazer são pontes tirolesas. O denominador comum entre estes dois dias que já muito distam entre si, somos nós, que coitados, apesar de pouco hábeis em cima das bikes, até temos uma certa (imensa) força de vontade , seja pra ir cavar a Belas durante o inverno e ficar uma semana de cama, ou para acordar aos Sábados mais cedo que ao dia de semana, ir buscar carrinhas as 5 da manha e fazer 700km pra fazer meia duzia de descidas num bike park. Desculpem-me a já extensa introdução deste post, mas a tristeza que se abate sobre mim é imensa.

é bonito, mas longe


Como já perceberam, este fds fomos até à zona saloia ver como estava a pista da taça na serra do Socorro. Para uns foi estreia, para outros nem por isso. O Covas foi ter comigo a Queluz ja com a nossa, ou quase nossa, carrinha. Dai fomos ao Cacem buscar o flying Tó, e arrancámos rumo ao turcifal. Chegámos as 9.30 já os nossos amigos da "galera de sintra" estavam prontos a arrancar. Calhou-me ser o primeiro a conduzir, e trazer a carrinha encosta abaixo foi uma experiencia igualmente emocionante. Tão emocionante que dali em diante decidimos ir pela estrada de alcatrão.

Tó e Covas na chegada


Ja na 2a descida, lá fui eu por ali abaixo com a "galera", e ja se sabe, a primeira é so mesmo pra aquecer. A pista é exigente, e as minhas trialeiras inicias foram estilo "um bocadinho à mao e o resto a derrapar"... a moral tá muito em baixo por aqui, o fisico também se ressente de todas estas paragens, pois ja nao ia andar de bike a sério há quase 2 meses, e é chegar ao fim da descida a travar já com 2 dedos do lado direito. Hayes 9 rulam pra mundial, mas é como máquina de musculação, a travar é que já pior.

a "galera" de Sábado


Mas depois de aquecer, e esquecendo as trialeiras iniciais, "que um dia mais tarde talvez até venha a faze-las", comecei a curtir o resto da pista, de puro DH, sempre a comer porrada, com as suspas a trabalhar em full power, e muitas curvas a exigir bons skills de pilotagem, deslocações de peso, pedais pra cima e pra baixo e pezinhos de fora. Já no campo da bola, os miudos andavam picados com um salto feito à pressa com umas tabuas e dois pneus, e depois deles experimentarem, os restantes também não resistiram.

"eu salto primêro"



Foi uma manha bem passada, e na ausencia de alternativas, aquela é a "menos má". A pista é fixe (sei que o Covas não concorda), mas assim, tão longe, fica dificil. Vamos la ver as cenas dos próximos capitulos da Malveira.

1 comentário:

jay disse...

acho que é a 1ªcronica de uma manhã de sabado que me custa a ler...mas deu para ficar com o adoçante na boca!
trialeiras complicadas tipo mundial, muito trabalho de pilotagem, mudanças de pé, alternância do peso e um derradeiro salto que mais parece ser para o infinito, algo me diz que não me vou aguentar até 2010 sem tocar a xicha!