segunda-feira, 19 de abril de 2010

Os burros (não somos nós!)

Este Sábado de manhã, enquanto presumivelmente alguns elementos da GAS olhavam o seu anemómetro para saberem se há vento suficiente para lançar o papagaio e outros se preparavam para uma epopeia de quase 200kms de bike, outros equipavam-se para uma manhã igualmente épica ali em Sintra. É que este Sábado, andámos a "mandar descidas" como há muito já não acontecia. Com direito a conhecer um trilho novo e tudo.

Tó e o nevoeiro da mística


O dia começou um pouco mais cedo que o habitual, tinhamos combinado às 8:15 em Sintra, mas as 8:15 estava eu à porta do Tó. Curiosamente, só o fui buscar a ele, a bike ficou em casa, pois ficando alguem a conduzir, "o numero de bikes é igual ao numero de riders menos um". E foi o que nos safou durante cerca de 1 hora, pois quando chegámos, não conseguiamos falar nem com o Cristiano nem com o Rogério, e começámos por fazer descidas sozinhos, um de bike outro de carro. Por estranho que pareça, este esquema funciona, e bem. É que com a Space Star e uma bike, meter as coisas lá dentro demora 2 minutos. Lá no meio do ride the lightning começa o meu telemóvel a tocar, era o Cristiano, que afinal já estava na serra a fazer descidas. Encontrámo-nos lá em baixo e começou a segunda sessão da manhã, desta vez a cinco. Mais umas descidas na Malveira, com "pickups" bastante rápidos, mas o melhor estava por vir.


Specialized powered

As descidas na Malveira tinham corrido razoavelmente bem, e apesar dos trilhos estarem encharcados e escorregadios, o travão de cabeça não estava a funcionar por aí alem. Depois fomos desafiados para ir ver um trilho novo, que pela descrição não agoirava nada de bom. O Cristiano dizia que era uma especie de trialeira mas no trilho inteiro, pedra solta em todo o lado, enquanto o Rogério dizia que era muito hardcore. Eu pensei cá para mim "se é hardcore para o Rogério, vai ser um bocadinho à mão e o resto a derrapar para mim". Mas o nome só por si era sugestivo. "Trilho dos Burros". Ai é dos Burros? Bora lá então.



o "canalizador", a fazer orçamentos na malveira


A saída é feita do mesmo parque do Lucky Bikes, mas em vez de irmos para a esquerda, sobe-se mais um pouco pela direita até ao miradouro da peninha. Mal ali chegamos somos brindados com uma vista daquelas que quase nos devolve 2 anos de vida. É simplesmente linda, e acompanha-nos durante toda a descida. Aquele spot é perfeito para umas fotos de sonho. Outra coisa curiosa, é a diferença de paisagem que temos entre aquele e os outros trilhos da zona. Rides em Sintra é sempre pelo meio da infestação de acácias que por lá há, mas ali não, uma dúzia de árvores para amostra. É impressionante como a uns 50metros do Lucky existe um "ecosistema" tão profundamente diferente.

Pela foto não se vê, mas é épico!



O trilho começa por um caminho largo completamente cheio de pedra solta onde a bike vai literalmente a flutuar sobre rochas. Aí até que estou em casa, e até deu para fazer ultrapassagens. Depois faz-se a entrada para o single, que é mesmo single e é single até lá abaixo, nunca ultrapassando o ½ metro de largura. E por esse single fora, fazem-nos defrontar zonas de rocha trialeiras, curvas-contra-curvas que não se percebem com a vegetação alta e algumas verticais. Para meu deleite, não existem estruturas artificiais, nem duplos, nem curvas com apoio, nem árvores onde pendurar shores e baloiços...


Covas e Jay, estão convocados (convocados, não é convidados) para irem conhecer esta encosta para o mar voltada. É boa demais.

Abraços,
Sub

1 comentário:

Anónimo disse...

ja te tinha dito que era facil fazer esse trilho devagar tenta não travar tanto e vais ver é um espetaculo de preferencia com chuva lama e nevoeiro vão aparecendo um abraço