segunda-feira, 16 de maio de 2011

Hardtail pride




À medida que vos escrevo este post, vou passando um bocado de halibut nos entrefolhos. É que, para além de ter passado muito tempo desde que me sentei numa bicicleta para pedalar um bocado, já não sabia o que era uma bike rígida há alguns anos. Mas, e atendendo que a minha só no sábado voltou do mecânico, e infelizmente sem travões, num destes últimos fds peguei na Wheeler e fui offroad até Belas.



A Wheeler andava parada há uns tempos. Não só tinha sido atirada para os rolos como tinha sido convertida em estendal, mas depois de uma visita ao Sr. Artur ficou como nova. Quem não sabe, o Sr. Artur é um ex atleta do Sporting que correu nos anos 50 e 60. E digamos que o seu conceito de alta tecnologia são bikes cujas rodas já não são de madeira. Atendendo a este lapso temporal entre a realidade e a realidade daquela loja, é raro lá meter as minhas bikes, pois ali, o último grito em travões ainda são os V-Brakes. Mas a Wheeler é low-tech, bem à medida do Sr. Artur, e saiu de lá afinada e pronta a rolar. Já eu, estava pouco preparado para a aventura em me estava a meter. Não em termos físicos, pois o kick de uma rígida é completamente diferente. Cada pedalada é transferida para a roda, não se anda ali “nhec-nhec” aos pulinhos no amortecedor, e de facto, em termos de eficácia, não há nada a apontar. Mas, e como é do conhecimento geral, sou pouco dado a corridas, muito menos em uphill, pelo que ir depressa ou devagar pouco interessa. Já a nível de conforto… que desgraça!




Por um lado, pneu 1.95 atrás, quase slick, o que pode ser giro em estradão, mas em offroad a sério com lama à mistura é a loucura. Por outro, a bike tem um selim, mas pela sua geometria, vai-se mais montado em cima do guiador do que no selim. O guiador, por sua vez deve ter uns 50cms, sem rise. E depois, na direcção, um avanço compridinho e uma suspensão RST, de elastómeros de curso desconhecido! Por último, o doce guinchar dos calços dos VBrakes a encostarem ao aro com uma potência de travagem inversamente proporcional ao ruido que fazem.



O ride em si foi divertido. Com aquela bike tudo é desafiante com excepção de subidas em alcatrão. E qualquer descida com umas pedrinhas lá pelo meio é uma aventura. Dei uma boa volta em Belas, num regresso tecnológico aos anos 90, cross country na sua mais pura essência, acompanhado por um dia de chuva que até tornava a coisa mais bonita. Sinceramente, acho que já não sei andar em bikes tão XC Racing, mas apesar do rabo dorido, o que interessa é que cheguei a casa cheio de lama.


1 comentário:

Anónimo disse...

ve la mas é se apareces para fazer umas descidas
santos mct