quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Bom Natal a todos


O blog tem andado um bocado morto, mas não queria deixar passar Dezembro sem desejar um bom Natal aos (poucos) que ainda nos visitam!

Isto tem andado um bocado morto no que diz respeito a bikes, seja DH ou Xc. É que para além de ter a "royal blue" nos estaleiro há mais de um mês, também fiquei privado do veículo de 4 rodas, o que torna dificil transportar o outro canhão.

Entretanto, a velhinha Wheeler que já desceu heroicamente em Sintra e na Serra da Estrela, há muito que foi atirada para os rolos... mas certamente que nunca terá esperado converter-se num estendal. Se não tiverem lareira onde pendurarem as meias, já sabem...




abraços,
sub

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

G.A.S. by foot



pois é... mais um post mais uma crónica onde bicicleta não entra!

foi no passado domingo que decorreu a 30º corrida do Tejo, e desta vez como não aconteceu nas anteriores 29 edições, apresentei-me na partida com o frontal nº9115 prontinho a correr os 10km que ligam Algés a Carcavelos sempre lado a lado com a margem que interessa do maior rio ibérico!

como objectivo principal para a minha participação tinha em mente conseguir fazer os 10km em menos de 60mikes. no entanto com passar dos treinos redefini o meu objectivo para 50 minutos ou seja menos de 5 minutos por km, durante os 10km! este sim um objectivo engraçado e para já ambicioso, qd comecei nesta brincadeira do desporto mais democrático do mundo, fazia 7' por km, passado uns poucos meses reduzir em 2' por km é sem duvida ambicioso!

pois bem meus amigos digo-vos que não consegui por 27segundos!
tempo de prova (chip):50'27''

foi a 1ªvez que falhei um objectivo desportivo que dependa exclusivamente de mim!!
mas se porventura pensam que deitou abaixo, pois enganem-se agora ainda tou com mais fome e vontade de sair porta fora e começar a treinar mais e principalmente melhor!!

da prova em si pouco a dizer, tirando o brutal efeito duma marginal cheia de pessoas com camisolas iguais que dá sempre um colorido diferente, este ano a cor era verde fluorescente! ha claro e os comboios mais cheios que qualquer composição que circule ás 8:30 num qualquer dia util!

abrçs e boas pedaladelas


deixo-vos o link para da classificação e procurem pelo dorsal 9115 e nao se esqueçam que eram 10.000 pessoas!!!

http://www.corridadotejo.com/html/resultados/index.html?year=2010

terça-feira, 12 de outubro de 2010

GAS @ Avalanche 2010

Pessoal, aqui fica o relato da investida da GAS na "meca do btt" nacional que os companheiros de armas Carlos e Flying Tó fizeram!


Como é habitue a pontualidade britânica não falhou e às 18.30 pm o Kia (sem o Scoupé atrás) estava carregadinho até ao tecto, conversa puxa conversa lá voltamos atrás para vir buscar mais coisitas, bom na verdade só conseguimos sair de Lisboa ás 19.30 pm. Direitos á A8, que por norma não tem trânsito, desta vez estava carregadinha de mentecaptos que travavam por tudo e por nada. Portagem após portagem sentimos alguma nostalgia de não roçarmos o para-choques da Mitsubishi Space Star, mas melhores dias virão!!! Tendo como dead line as 22.00 h para chegar ao Parque de Campismo de Serpins, era imperioso que as RPM’S andassem acima do limite exigido por lei, assistidos via GPS (Global Position Sucks), lá viramos para Condeixa e…e por ali ficámos algum tempo… andámos a conhecer a região, Casal Novo, Beiçudo, Bem da fé, até que lá embicamos em direcção á Lousã para a próxima curta metragem, não fosse a ajuda da pareja do Tó e da Raquel do Parque de Serpins ainda andávamos á procura do Norte, às 22.00 h estávamos a fazer o chek-in . Tenda armada só faltava encher o bandulho , 22.30 h onde comer? Lá arrancamos por sugestão da Raquel e fomos ao restaurante da D. Fátima que só tinha chanfana, claro que ambos concordamos que morria (e eu que não gosto daquilo soube-me a pato), agora é preciso ter cuidado, a unidade de medida metro desta gente tem outro significado, pois andámos e andámos, até pensarmos que estávamos perdidos novamente. Bom, sopinha de couve branca (G.A.S.), chanfana, sobremesas, água e dois cafés…conta!…16€… diz o Tó…a cada um? Não os dois…não preciso de dizer mais nada…calidad suprema!!! A caminhada de volta á tenda revelou-se bastante útil á digestão.


As vipers!


Depois de uma noite bem atribulada em que o sino tocava de meia em meia hora e um Galo com problemas emocionais cantava a partir das 4 da manhã acordamos pior do que se estivéssemos com uma ressaca…ainda procurámos o dito espécime mas o tipo pirou-se e nem sequer atreveu-se na noite a seguir. Viper’s montadas lá seguimos em direcção á Lousã com uma pequena paragem na Casa do Pão…e que casa, tudo fabrico caseiro, até a menina que servia, só vendo e provando!!! Chegados á nave de exposições, inscrição e toma lá os dorsais 354 e 355. Ponto de partida, vazio, fomos os primeiros a chegar, meia hora depois lá estavam elas ao molhe na camioneta e nós na outra, 30 a 40 minutos e algumas 352 curvas lá chegámos ao topo. Paisagem brutal, mas com tantas curvas quase todos foram dar água às Oliveiras…


Lá em cima está o tiroliroliro, lá em baixo está o tinóni


Capacete, joelheiras, luvas…e lá fomos nós…é óbvio que deixei de ver o Tó que atingiu prontamente os 74 km por hora, após alguns estradões entravámos em trilhos bem ao jeito de Sintra, rápidos e com muitas flores em forma de pinheiro… Trilho após trilho, o meu ritmo era cada vez mais frenético (mas ao contrário) apenas era incomodado por alguns engraçadinhos que faziam sinais de luzes para passar, sempre que via o asfalto lá parava á procura da garrafa de oxigénio, até que Voilá paro ao pé da ambulância da Lousã…Enquanto procurava paz de espírito e questionava-me o que raio estava ali a fazer aproximou-se um individuo que dirigiu-me a palavra…Você é o 354?…confesso que tive de olhar para o dorsal para assentir ao comentário, Sim sou! É que o 355 o seu colega está na ambulância! O oxigénio era pouco e só depois de ele me indicar a Viper do Tó é que percebi…e ele está bem? Sim agora está, furou a mão mas está bem, vai para o Hospital de Coimbra e leva a mochila com ele…ao que respondi, está bem! eu depois ligo para saber como está, a 3 metros do veículo de emergência e nem levantei o dito cujo do selim, virei a Viper e segui trilho abaixo…surreal, mas acreditem mais um pouco e não sabia sequer o meu nome!!!


DH à antiga, quase a bater os 80! A mão ligada, conta o resto da história...


O individuo que não fazia parte da organização foi impecável e levou todo o material do Flying Tó até ao Padock, um grande bem haja!!! Ao que parece e pelo que vi nas filmagens da Eurosprt HD a roda da frente bateu, prendeu e tentou enviar o Tó para espaço sideral, ágil como uma lebre, este agarrou-se prontamente a um pinheiro que na parte de trás tinha um tronco do tamanho de um dedo que furou-lhe a mão, segundo o médico foi o tendão que impediu que furasse de um lado ao outro. O furanço foi de tal modo que teve de fazer força para tirar a mão do pinheiro que entretanto foi indiciado pelas autoridades competentes para comparecer em tribunal.


Transportes colectivos da Lousã


Notas positivas:

Serra da Lousã: grande potencial, alternativa nacional de luxo aqui bem perto de nós;

Serviços de emergência da Lousã: impecáveis;

Hospital de Coimbra: 5 estrelas (fizeram o penso de forma a que o Tó não conseguisse agarrar o punho!);

Notas negativas:

Concerto dos U2: completamente desajustado no tempo e espaço (desculpem-me os fãns mas quem levou com o galo a noite toda fui eu);

Montanha clube: aqui vai uma nota bem negativa para a falta de seguro para o dia de treino, segundo a Federação a partir do momento em que é entregue o dorsal o seguro terá de garantir todos os danos pessoais, até porque havia transporte e pessoal da organização por todo o percurso. A ser verdade a falta de seguro perguntamo-nos como é possível as autoridades competentes deixarem este pormenor passar ao lado. Entretanto o Tó dará notícias sobre o desfecho deste imbróglio.


Desculpem o post tão longo mas espero que tenham ficado com formigueiro para combinar uma ida á Lousã.

P.S. No jantar de sábado disseram-nos que era já ali o restaurante, não vacilámos e fomos de carro…ficava a uns 5 ou 6 km…sopinha de feijão encarnado (G.A.S.), carne assada no forno, sobremesas, água, cerveja, 2 cestos de broa mal cozida, 2 cafés, 1 licor beirão e uma broa para cada um…a conta!...18 €…diz o Tó…a cada um…Lol


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A alternativa nacional

Tendo em conta a impossibilidade de tantos para a deslocação a Manzaneda, apresenta-se então o "plano B" - alternativa nacional - "Meca"/ Avalanche. 2 e 3 de Outubro é a Avalanche na Lousã. A ideia é ir Sabado, pagar os 15e de inscrição para mamar os transportes dos treinos durante 1 dia. Dormimos por lá (sabe-se lá onde, porque aquilo vai tar assim para o cheio...) e no Domingo, cagamos nas avalanches, e continuamos na "meca do btt nacional", mas no outro lado da Serra, com carrinha.


Temos de ser rápidos a marcar dormida, ou parece-me que ficamos no meio da Serra a pernoitar!

abraços,
sub



segunda-feira, 13 de setembro de 2010

GAS on tour

Boas pessoal!


Tanto o Christiano, como o Mário, como eu mesmo, estamos com o rabinho virado para Norte. Quando digo Norte, refiro-me a Manzaneda. Um verão sem bike trip já nem é verão a sério. Portanto, para uma epopeia destas, gostávamos de ter a companhia da "crew" toda. Até mesmo daqueles que depois de terem batido com a cabeça nas Torgas se esqueceram de que gostavam de andar de bike (Covas, esta é para ti!!), ou dos outros que dizem que gostam de andar de bike mas só os vemos em maratonas e travessias inter-regionais (Jay, tas a ver quem é né?), dos que têm um canhão em casa a ganhar bolor nos retentores (Carlos, tira a "berga" para fora!!), do pessoal que abraçou um desporto radical chamado "atropelamento de barcos" (esta é tão bizarra que só pode ter um destinatário) e até dos que pensam que o "curso da bike" é umas cena das novas oportunidades, têm uma bicicleta com "banco" e "volante" mas que são atrevidos em cima do "banco" (Gonçalinho, "mermão", tás nessa? Levas a azulinha e as protecções que te conseguir arranjar).





A ideia, e tendo em conta a experiencia do ano passado, é arrancar na 6ª Feira dia 1 de Outubro. Fazer a viagem de dia terá certamente outro encanto e evitamos fazer 100kms de estrada de montanha sem marcações no breu absoluto. Sábado é andar a mamar descidas feitos malucos. Domingo é exactamente a mesma coisa (se não me espetar logo no Sábado e ficar o resto do fds a tirar fotos). Segunda feira regressamos logo pela manhãzinha e ainda temos um feriado (5 de Outubro, 100 anos da República) na 3ª feira para por os bracinhos de molho em agua quente.


Pensem nisso, peçam a autorização à vossa respectiva, peçam autorização ao patronato, façam as malas, troquem as pastilhas, e vamos embora!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

mais uma voltinha

Apesar do calor que se fazia sentir no Sábado de manhã, isso não desanimou os guerreiros de mais uns rides ali pela Serra de Sintra. Aliás, às 9 da matina já as tropas estavam prontas a anadar. Como fui eu o último a chegar, foi sair de um carro e entrar no outro, nem me deram tempo para equipar. Assim, a primeira descida do dia ficou ao cargo do Christiano, do Paulo e do Mário. Este último, acabadinho de chegar de uma bike trip aos pirinéus, voltou ainda com mais andamento. Uma coisa em que reparei, foi que o pessoal se tem juntado para ir dar "um jeito" aos trilhos. A "mama" do CPFR acabou e alguem tem de fazer alguma coisa pelos trilhos que já foram legais e por aqueles que nunca foram. Este sábado, havia pessoal a bulir no lucky. E alguem andou a bulir nos burros, pois via-se que estava outra vez limpo.


A única sombra disponível


Foi precisamente nos burros, na 2a descida, que a guia de corrente da minha chili resolveu dar o badagaio outra vez. Fiz o resto da descida sem corrente. Mesmo depois de ter ficado sem transmissão, aproveitei o "momentum" para fazer a ultima vertical, depois de ter tido o devido incentivo dos meus colegas e do Paulo me ter indicado "a linha perfeita" para o fazer. Ali já não volto a parar! Depois deste incidente com a Chili, para as Torgas não dava para ir sem corrente. Por isso pedi a Demo do Paulo e lá fui. Realmente um guiador largo faz diferença... para o bom e para o mau. Se por um lado até consegui fazer um bocado da trialeira graças aquela posição super racing, por outro, numa das zonas rápidas, bati com a mão esquerda num tronco e lá fui ver as silvas outra vez. Na última do dia (é sempre na última), o Mário protagonizou um valente espeta, depois de um salto "no foot", em que aterrou de barriga no selim e depois entalou as joias da familia na roda. Acabei de falar ao telefone com o Jay e ele diz que próximo Sábado é que é!!


Rearview mirror view


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

devil pads & disco sleepers

Depois de mais uma acesa discussão este Sábado acerca de usar ou não "devil pads" (pedais de encaixe) e "disco sleepers" (aqueles sapatinhos lindos com SPDs) deixo-vos mais um argumento que justifica a minha opinião. Encaixes aqui é que era de homem!!!




segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Bota fogo e deixa arder



Depois de uma semana, em que dia sim dia não houve um incêndio na mata de Belas, a malta da GAS decidiu ir ver os estragos que por ali vão sendo provocados. E quando digo provocados, não o digo á toa. Este é o 3º ano consecutivo com incêndios naquela zona. Só durante as 2 ultimas 2 semanas, houve ali 3 incêndios, uns pequenos, outros maiores. Um dos mais caricatos, deflagrou às 22:45, que é sempre uma hora em que faz grande calor... no deserto do Nevada... Ainda mais surpreendente, é aquela zona estar debaixo do nariz de uma torre de vigilância (de incêndios, imagine-se!), com presença permanente de um Bombeiro, num local que tem dois pontos de acesso com "casinha" dos seguranças, para além das rondas que fazem de mota. Infelizmente, o que pouco surpreende, é tratar-se de uma zona onde existem fortes interesses imobiliários. Usando uma frase do Jay "pior do que os incêndios é se agora os deixavam construir ali. Isso sim, era uma vergonha".


Interesses imobiliários escondidos atrás das árvores...


Para não compactuarmos com esta vergonha e para avaliar os estragos, às 8:30 da manhã estava o Jay, o Tó e eu no local de encontro habitual. O Jay vinha artilhado para fazer uma etapa da "volta", mas enganou-se no dia e no local. É certo que os "estradistas" passaram ali perto, mas foi no dia seguinte, e no asfalto a caminho de Queluz. Ali para Belas, a escolha deveria recair sempre em qualquer coisa com algum "sloping" (eu sei que o Jay adora esta expressão) . Apesar da geometria trepadora da bike que levou, desceu heroicamente nos 3 trilhos do marco geodésico.


Aqui já não há árvores onde se esconderem...


Depois de uma passagem pela zona onde eram os Marretas, mas que agora se encontra debaixo de um "mar" de árvores que foram abatidas (pode dar jeito aos incendiários), fomos até ao também extinto "trilho do punhetas" - o inicio está fechado por árvores abatidas (não vão os incendiários precisar de lenha seca para atear um fogo), a ponte está queimada desde o ano passado, o table está com a recepção completamente destruída e os pequenos saltos que se seguiam também estão praticamente destruídos. Restavam-nos os trilhos no marco geodésico.


A primeira subida do dia para verificar os estragos a norte da mata



Debaixo da figueira, no final do trilho da mini, estavam os nossos companheiros da luta ali em Belas, Maus Caminhos Team. Como não podia deixar de ser, o tema de abertura da conversa foram os incêndios. Enquanto se subia pela estrada, uns de bike outros à mão, fomos observando a extensão queimada. Mas o que nos deixou mais preocupados foi uns arbustos que ainda deitavam fumo. Depois de uma observação mais atenta, detectámos um pequeno tronco, ainda a arder. Quase com certeza que daí a uns 10 minutos íamos ter festa outra vez ali na mata, não fosse a rápida acção dos "sapadores ciclistas" que intervieram com garrafas, camelbaks e até com uma "sussa" do Tó.


3 helis, 2 canadair, 56 veículos, 211 homens e o Tó "mijadinho"


Finalmente, e sempre debaixo do olhar atento do bombeiro de serviço na torre descemos pelo trilho do CDBelas. Continua como sempre foi - duro, lento e cheio de pedra. Talvez um pouco pior, pois a pista está bastante degradada. Nova subida, e nova descida, desta vez pelo mais recente trilho da mini. O roadgap começa a parecer mais "fazível". Um dia destes lá terá de ser. Na ultima descida viemos pelo trilho dos fetos. Continua a ser o meu preferido.


Ricardo, trailbulder, a explicar a "equação" do road-gap


Foi uma manhã bem passada, sempre em saudável convivio. Temos de ir ali a Belas mais vezes, até porque ouvimos dizer que o recorde de descidas acumuladas num dia ali está em 16. Sim dezasseis. Eu acho que nem com telecadeira conseguia tal proeza.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ride it like you stole it @ Sintra

Há quanto tempo já não tinha "um bom dia para morrer"... Para quem não sabe, esta expressão foi usada numa das primeiras incursões da GAS nas pistas da Malveira, e há já muito tempo que não sentia aquele feeling em que o objectivo do dia é fazer coisas e esticar a corda, passando para 2º plano um objectivo quase sempre presente que é tentar não me aleijar. Foi assim este Sábado, na companhia do Christiano e do Tó. Estes rapazes têm ido aos treinos e isso nota-se no andamento. Fui passando a manha a ganhar confiança e enquanto os bracinhos permitiam, a tentar encurtar as distâncias.


"Encolhe a barriga"


O dia começou logo bem cedo. Este meninos não brincam, e a hora para o encontro na Malveira é as 8 da matina. Já nem ao Sábado me deixam dormir. Mas diga-se que não foi nada mal jogado, porque às 10 da manhã já se batiam os 30ºC ali na Malveira, e com coletes e protecções, o calor era mesmo insuportável. Acabei a manha um bocado desidratado... A 1ª do dia foi na velhinha Malveira, com o Christiano à frente. Eu bem tentei acompanhar mas o homem anda solto, soltinho! Valeu que com ele à frente, descobri uma linha nova no RTLightning, que com piso seco poupa uns segundos e permite um abordagem mais rápida ao "salto do zinco". Depois da minha vez de conduzir fomos até ao Lucky.


Já tem 2ª e tá aí prás curvas


E se a malveira vai acusando o desgaste, o Lucky está com sérios problemas de queda de árvores. A mim ninguém me tira a ideia de que ali há uma mão maldosa a fazer aquele servicinho, pois não estamos em época de vento ou de terra encharcada (coisas que potenciam ou provocam queda de árvores). Ainda há 2 semanas andaram ali a limpar o trilho e esta semana havia pelo menos 4 árvores no chão, sempre em locais "estratégicos" e de modo a impedir a passagem. Não é que tenha pena das acácias, mas tenho pena dos trilhos e bem sabemos que aos Srs. Moradores da Malveira da Serra não gostam de bicicletas. Apesar dos esforços de desconhecidos em minarem aqueles terrenos para a prática de DH/FR, continuaremos a passar por baixo ou por cima de toda e qualquer árvore que não consigamos meter para o lado. E quando não puder andar de bike ali, hei-de ir para a porta deles assar sardinhas e ouvir musica africana em altos berros, mas antes disso hei-de fazer a vertical de pedra.

Onde mija um português, mijam dois ou três.
E isso é vá
lido em território nacional, independentemente da nacionalidade.


Durante a manhã fomo-nos dividindo entre os trilhos da Malveira e o Lucky. Fiz uma série de coisas que ainda não tinha feito porque ora levamos o Chris à frente a puxar ora o Tó atrás a meter pressão com a helmet cam. Mas o melhor estava guardado para o fim. Meti-me com o Chris num trilho que é "qualquer coisa do formigueiro". Não vi formigas nenhumas mas em compensação havia silvas em barda. Daí descemos por um trilho meio escondido que ainda não conhecia e que vai dar directamente aos shores da linha do Barbosa. É muito rápida e com muita pedra solta. Seguimos mais acima pela linha dos shores (sim, em cima deles, parece mentira né?), vi o Chris sacar o table e fui atrás, e a seguir a linha de duplos e fui atrás também. Fiquei tão contente com o meu 1º duplo que já não fiz o segundo, pois precisava de parar para comemorar. Ainda em estado de euforia, segui pelo shore grande e logo a seguir, outro shore. Enchi os meus companheiros de orgulho, em particular o Tó, que sempre achou graça à minha justificação para não me meter em madeiras suspensas- "não se anda de bicicleta em cima das árvores".



Silvas em barda

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Corpinho aos puxões...

Depois de mais uma incursão há 2 semanas, tenho de vir aqui retratar-me face à minha balda deste fds. É que a Ericeira e a piscina cansam-me muito. Creio que acordei as 7h e que desliguei o despertador, mas sinceramente não me lembro de nada. Para mim, acordei às 10 da manhã...

Por causa desta falha imperdoável fui divinamente castigado e a minha corrente saiu da guia e parece que deu um nó. Sinceramente olhei vezes sem contas para o servicinho que fiz com a bike dentro do carro e continuo sem perceber o que se passou com a corrente. Entretanto, tá ali na Amazing para desfazerem o quebra-cabeças.

O que é certo, é que fiquei com o corpinho aos puxões. eu e o Jay, que também está cheio de vontade de ir mandar umas descidas! Até Sábado!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

De volta às pendentes...

Já há muito tempo que não se escreviam por aqui crónicas sobre DH na 1ª pessoa. Já nem vale a pena justificar as ausencias, pois a verdade é que o pessoal desmotivou e abraçou outros desportos e actividades lúdicas de fds. Dos habituais suspeitos de Sábado de manhã, o único que anda a gastar pastilhas é mesmo o Tó, sempre acompanhado pelo Christiano e Rogério.



Mas neste sábado, justificava-se a minha presença, pois acabei de adquirir um novo adereço para a Chili, uma Fox 40 de 2007. Depois de ter passado uma semaninha com o Rui Perez, veio como nunca esteve - impecável. Era impossível resistir a ir experimentar o brinquedo novo e combinei com os rapazes uma visita a Sintra.



Quando cheguei, às 8 da manhã, já o Tó esperava, e entretanto chegou o Rogério e os miudos. Por último, chegaram uns rapazes da Avalanche, munidos com carrinha e reboque, o que tornou a manhã extremamente proveitosa. Foi acumular descidas a manhã toda. Em Sintra o tempo estava no minimo marado. Quando digo marado é mesmo marado, porque na Malveira fazia sol e na Peninha chovia. No inicio dos trilhos apanhávamos aquelas raizes bem escorregadias, e a partir do meio, só se levantava pó! Já para o lado de Colares, havia lama como se estivéssemos em pleno Inverno. Talvez até.. pior. Daí ter sido a descida mais complicada do dia. Não só para mim, que caí de costas num belo tufo de silvas, como para os restantes. Uns perderam-se, outros cairam, e o coitado do Rafael, com a bike do Tó que é maior que ele, veio tão desmotivado que ficou "off" o resto da manhã. Já o Israel, andava a mandar-se a tudo, com umas quedas pelo meio. "É como os gatos", disse o Rogério. É que para além de cair quase sempre de pé, quando isso não acontece, vai gastando as 9 vidas e nunca se aleija.



Depois de mais umas descidas no Lucky e na Malveira, evitei estrategicamente as Torgas. "é a minha vez de conduzir", foi o que se ouviu, como quem não quer a coisa, descartei-me da descida do "salto amnésico" do Covas. As horas foram passando, e para a última descida, nada melhor que a velha Malveira. Velha e decadente. os trilhos estão lentamente a ficar sem as estruturas que se vão degradando por si só, e finalmente os moradores da zona puderam abrir as garrafas de Moet&Chandon, pois a secção dos voadores foi passada a bulldozer e não provocará mais atropelamentos de Mercedes por "bicicletas malucas".

Este post era para ser ilustrado com uns videos da helmet do Tó que mostram bem que este menino tem ido aos treinos, mas não sei o que aconteceu, e tudo os videos estão ao contrário. Ao contrário, tipo invertidos a 180º, de pernas para o ar, ou se preferirem, do avesso. Não me perguntem porquê, o windows tem destas coisas...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

LDT 2010

Há quem diga que este post já vem tarde, mas na verdade, o post sobre a edição deste ano do Lisboa Downtown vem na data de sempre, fins de Maio. O evento é que foi realizado um pouco mais cedo que o habitual... e essa antecipação, aliada a uma primavera tardia, teve os seus custos, pois se não estou em erro, foi a primeira edição disputada debaixo de chuva, permitindo um desfecho inédito. 
 
O que safou o dia foi o chapéu da "animal commençal"
 
 
Como sempre, a GAS fez-se representar. Como o evento antecedia a visita do Papa, fui para Lisboa de comboio, decisão que se revelou teve acertada quando o Covas me liga a dizer que está há 1/2 hora parado no transito. Já debaixo de chuva, encontrámos o Covas já no fim da pista e fomos beber um cafe ao padock. Depois, fizemos o percurso inverso e íamos comentando o perigo que aquela calçada molhada misturada com palha ia ser. 
 
 
Devidamente representados, no LDT pelo Covas e na "transferta" dos No Name ao Porto pelo Jay
 
 
Junto ao salto das escadas, encontrámos pessoal dos maus caminho e militia, e ficámos por ali a ver os primeiros passarem. O Covas, feito bruxo, adivinhou um dos espetas do dia, e viu logo que aquela curva off-camber antes do salto ia fazer vitimas. Subimos mais um pouco, vimos mais umas passagens, mas depois de acabarem os treinos, estávamos todos tão molhados que decidimos ir ver a transmissão na Eurosport no conforto do lar. 
 
 
para flat em calçada molhada
 
 
E no conforto do lar, vi o LDT com mais acidentes desde que o Carmona se mandou de bike por ali abaixo há uns anos. Aquilo começava mal logo no Castelo, na primeira curva, onde alguns seguiram pelos fardos dentro, depois nos shores em curva à saida do Castelo cairam mais uns tantos. Não se percebe como é que ninguém da organização meteu um bocado de rede galinheiro naquilo, madeiras molhadas é tramado... A coisa seguia mais ou menos tranquila até ao salto do carro, que inexplicavelmente, há duas edições, deixou de ter recepção. Quem se largou muito neste salto, ou não o "cortou" devidamente, tinha uma flatada monumental em calçada molhada. Também fez as suas vitimas. Na curva do carril de electrico, onde durante os treinos da manhã uma bike foi contra um carro que a policia não parou a tempo, não se passavam grandes stresses, mas os pneus ficavam "oleadinhos" para a descida das escadas onde aconteceram os acidentes mais aparatosos, incluindo um voo histórico do Afonso Ferreira. Mais abaixo, o salto da escadas, precedido da tal curva que tirou velocidade a alguns infelizes a quem o salto não correu bem. Logo a seguir, uma curva em que diria que metade dos que lá passaram, ou meteram o pé, ou foram ao chão. E por último, um pilar de pedra ostenta desde este fatídico Sábado algumas marcas de embates, uma delas com particular orgulho, onde se pode ler "Aqui jaz o rei da encosta, Steve Peat", que ficou um bocado maltratado na queda. 
 
Mapa estilo "repack": em cada ponto, um acidente
 
Com tantos imponderáveis, algo inédito tinha de acontecer, e ao fim de 11 anos, finalmente um português ganhou a prova: Paulo "Amarelo", que fez uma run impressionante, sempre a fundo. Arriscou imenso e passou a voar pelos nomes sonantes da "world cup" que ali estavam presentes. Tirar 4 segundos ao Cédric, numa pista de 1.50 é obra!!! Parabéns Amarelo. 
 
Mick Hannah e uma GT de carbono... Amarelo!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uma manhã, dois palacios!



Como de bicicletas pouco se tem falado e menos ainda se tem andado, sobretudo nas bicicletas malucas, esta é mais uma cronica em que bicicleta não entra.

Sendo eu de Queluz, à muito que a meia maratona dos palácios me é familiar, e verdade seja dita sempre lhe tive muito carinho, não faço a menor ideia do porquê desta relação afectiva, talvez pelas longas horas que passei em estados pouco aconselháveis, e nada sãos em cada um dos palácios (o da vila em Sintra e no de Queluz).

No ultimo domingo, 23 de maio, foi num estado físico bem diferente que apanhei o comboio para a vila de Sintra, ou seja fui para competir, correcção fui para participar na meia dos palácios, 23mil 195 metros de distancia entre os dois palácios! como já começa a ser habito nestas lides fui acompanhado pelos atletas Hugo "tha king" Reis e pelo João "velho-são-os-trapos" já meus conhecidos e companheiros na ida a Fátima, desta vez juntou-se a nós mais um companheiro de lide Godinho de seu nome (mais um animal e que animal!!)

9.30H ponto de encontro na minha estação de comboios, Queluz-belas, (epa fodass... começar uma prova na estação de Queluz belas tem muito encanto, e só por isso tinha mesmo que ir!). Chegados a Sintra nem um minuto a perder que a prova começava em 15 minutos, foi sair do comboio e fazer o aquecimento da estação ate ao palácio da vila, juntamente com as dezenas de atletas que tb viajaram connosco no comboio (viagens de comboio gratuitas para todos os participantes, ida-e-volta).

Fazer provas perto nas nossas raízes é totalmente diferente do que as fazer longe de casa, porque a cada esquina existe algo que nos diz ou lembra certos momentos, amigos, namoradas, idades, épocas! este sentimento nostálgico começou logo no aquecimento em Sintra com o passar ao lado de um café onde durante muitos anos foi o ponto de partida de muitas noitadas de sexta com a compra religiosa de litradas de cerveja, para serem bebidas num jardim não muito longe do café. passar ali diz me muito, olhar para as escadas do jardim onde invariavelmente parávamos para as beber, e não só, diz me ainda mais! foi com um sorriso parvo e nostálgico que fui para a partida sem saber muito bem ao que ia... descobri-o uns quanto km's á frente!

partida
largada
fugida!

E lá fomos nós, em direcção ao tribunal para voltar á vila e sairmos por Lourel, ainda antes de chegar ao Algueirão (km 6) já pensava que não ia aguentar e ate inventei uma vontade de fazer um xixizinho só para acalmar a mente e ter uma desculpa para parar nem que fosse por uns meros segundos, já muito mais aliviado prossegui a viagem, com a cabeça bloqueada numa frase de incentivo e de grande carga motivacional que só mesmo o meu amigo GCC me poderia dar, "nem a mem-martins chegas!!" e foi com este pensar que cheguei ao Algueirão, e digo-vos vontade não me faltou de apanhar o comboio ali mesmo, pq se já estou assim e nem a metade cheguei, tou completamente tramado, para piorar ao km 8 veio a primeira de três paredes.

A prova ia decorrendo, lá encontrei o meu ritmo, e lá fui indo, ate que ao km 11 disseram me que íamos com 58 minutos de prova! excelente, pq a par do objectivo de conseguir acabar a prova era acabar abaixo das 2horas e para o fazer era obrigatório fazer a 1ªmetade em menos de uma hora, para que na segunda metade pudesse fazer uma gestão do esforço e descansar um pouquinho.

Durante uma prova deste género vamos estipulando vários objectivos ao longo da corrida, depois do objectivo mem-martins cumprido, o próximo objectivo era passar em frente a casa do TC, que depois e ate á casa do rui era um pulo e daí á entrada em Queluz era outro saltinho. trankilo!!
o problema foi pensar que a cubata do covas era já ali a seguir á curva no fim da recta, ate la chegar ainda tive que fazer mais duas paredes de alcatrão sob um calor abrasador...ou seja tava a começar a desesperar por ver a casa do nosso TC! quando realmente passei em frente a varanda dele consciencializei-me que o 1ºgrande objectivo já não me fugia, ia conseguir acabar a prova, faltava o outro o tal das duas horas de prova!

Da Agualva até á terra do ruizinho realmente foi um pulinho, mas tava na hora de começar a aumentar a parada porque já tinha descansado o suficiente, este era o meu o pensamento mas fazê-lo era mais difícil, e cada vez que aumentava o ritmo o corpinho respondia prontamente com um "tas parvo ou quê? deixa te estar quieto que vais muito bem!!"
A 50 metros dos Fofos de belas, lá ia eu quase parado sendo ultrapassado por tudo o que era seniores acima dos 60 anos até que um destes teve a infeliz ideia ao ultrapassar-me de se virar para o amigo e dizer-lhe:
- ó João tas a ver mais um jovem de 25 aninhos que é ultrapassado por dois velhos de 60!!
ui o que ele me foi dizer!!! Aquilo não me caiu nada bem e decidi que era agora ou nunca, não vos vou largar ate ao fim e quero ver como é que é!! Fui sempre atrás deles e eles reparam nisso, já não disseram mais nada. o tal João foi o 1º a não aguentar a pressão e ficou para trás o engraçadinho do bitaite aproveitou a paragem de autocarros para fazer mais uma graçola e sentou-se na dita paragem em frente á entrada da quinta da samaritana, uma forma airosa de me dizer, ok ganhaste!!!

A partir daqui e cada vez mais com o sentimento de estar a correr em casa, fui aumentando progressivamente o ritmo de corrida só pensava e rezava para que o trajecto no cruzamento de belas seguisse pela Miguel Bombarda em vez de subir para o Pendão e assim estava estabelecido, Miguel Bombarda abaixo (não fazia a menor ideia do quão comprida era a rua da carochada, coitados, a ressacar então deve parecer infinita), novamente na estação de Queluz desta vez a passar por baixo e a correr, já quase a sprintar deixei alguns colegas de corrida para trás cheguei rotunda do mercado, cumprimentei o meu amigo Nuno (mentalmente, claro) e foi acabar em sprint, não fazia a menor ideia da gigante distancia desde essa rotunda ate á porta do palácio! Nesta altura e a 100 metros da meta não fazia a menor ideia do meu tempo e só pensava que tinha arrancado cedo demais para o sprint final e que estava completamente exausto, tinha começado a alargar o passo e a aumentar o ritmo quando entrei na estrada de belas, em frente ás finanças comecei mesmo a sprintar e tentei ir em sprint ate á meta, sempre a passar gente, com o objectivo das duas horas na cabeça não podia morrer na praia, e mesmo que estourasse estava a umas centenas de metros da dita meta, assim que vislumbrei o relógio com o tempo de corrida e vi que estava abaixo da duas horas um sorriso de orelha a orelha invadiu-me a face e foi a olhar para o relógio com os braços erguidos e a sorrir que passei a linha de chegada com o tempo de 1h 57m!!!

MAGNIFICO, PARABÉNS, CONSEGUI!


tempo ainda para partilhar alguns dos pensamentos que mais me martelaram durante estas quase duas horas de prova;

não me devia ter deitado ás três da manhã,
não devia ter bebido tanto ontem á noite,
não devia ter fumado 1/2 dum maço de tabaco ontem,
devia ter comido antes de vir para aqui,
devia ter treinado a serio,
o Mourinho é mesmo o maior,
a dor é momentânea a gloria é eterna,
doem tanto os meus pés,
o que é que tou aqui a fazer,
ainda falta tanto,
nunca mais volto a fumar,
Maria Inês o pai vai conseguir!


abraços
jay

segunda-feira, 10 de maio de 2010

benfica campeao!!

depois de muito espectáculo dentro das 4 linhas durante trinta jornadas o mais que justo 32ºtitulo nacional para o maior do mundo!!

em baixo ficam alguns momentos vividos no domingo dia 8 de Maio de 2010, no jogo contra o rio ave! os vídeos estão alocados por ordem cronológica



a duas horas do jogo este era ambiente que ja se sentia nas imediações!




um video que começa com o hino cantado por todos NNós, e demonstra o ambiente que se viveu no topo sul!


5 anos depois de novo campeões!
o campeão voltou!!




e a festa continua... e continuou pelas ruas de lisboa,

Deixa-o passar...

Bem sei que este blog devia ser de bikes, mas...


"É o BENFICA que aqui vai É O CAMPEÃO,
deixa-o passar, deixa-o passar..."


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Marretas

Pessoal, preciso de ajuda para ir reabrir os marretas ali em Belas. Passei hoje por lá, e até ia com o intuito de trabalhar, mas estão lá arvores que não consigo arredar sozinho, e muito sinceramente, mesmo bom, era arranjar uma motoserra, porque há umas linhas dentro da mata que estão cortadas por causa de árvores que não vai ser fácil tirar dali. Mas nos marretas não, não é preciso motoserras... não me pareceu que houvesse alguma coisa que dois gajos não consigam tirar dali, e numa manhã limpa-se a linha até lá acima. A má noticia, é que o mitico shore, que já tinha sobrevivido a dois invernos e a um incêndio, fora as investidas diárias dos rebanhos de ovelhas que ali passam, foi arrancado pela raíz, e não sei se terá recuperação. E sem shore, o ultimo drop, que até foi aumentado recentemente, não se pode fazer...

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mais uma em Sintra


Desfalcados de alguns membros, mas com a presença do nosso Telmo (ou “Bambi” às 3as feiras), rumámos novamente este Sábado para a Serra de Sintra. O dia começou cedo, com uma daquelas secas monumentais à espera do Telmo: parece que a IC19 estava fechada na Amadora devido a um acidente, e em vez de estarmos à porta do Tó às 8:15, às 8:45 ainda eu desesperava à porta dos meus pais. Finalmente o Telmo chegou e arrancámos para Sintra.



Guerreiros de Sábado



À nossa espera já estava o Tó com uma “Super Maxi”, que muito jeito nos daria se fosse mesmo dele, mas infelizmente ainda é um carro de substituição. É que, para quem não sabe, o nosso Flying Tó embateu violentamente na A2 contra… um barco. Sim, contra um barco. A história é longa, pelo que não vou detalhar mais, o que interessa é que tinhamos um monovolume perfeito para 3 gajos e 2 bikes.



Super Maxi: gelado, lateral e veículo



As primeiras descidas foram logo ali na Malveira. O Telmo, ia dando umas voltas, tanto na minha como na do Tó (nas bikes, entenda-se), e como a Chili é uma gaja que gosta pouco de ser montada por qualquer um, foi o único a ir ao chão durante a manhã. Mas diga-se de passagem que o rapaz continua a surpreender pela positiva e pouco ou nada se notavam os meses de ausência, tal era a fluidez com que se ia desembaraçando de alguns obstáculos. As bikes ajudam, mas este puto é um desportista nato… é remo, rafting, escaladas, bikes e todas as outras coisas que estejam catalogada como “perigosas” pelas companhia de seguros.


Tó, na vertical junto ao fim do trilho



No final deste aquecimento, o Tó furou a receber o 3º voador e tivemos uma paragem forçada para mudar o pneu. Começámos por tentar remendar a camara para não se desmontar a roda, mas os furos eram pelo menos 4 e estávamos com dificuldade em repará-los. Convem referir que foi a primeira vez que vi alguem que corta os remendos ao meio para durarem mais, o que não ajuda ao sucesso da vulcanização a frio… já sem remendos, colocámos uma nova camara de ar, mas as válvulas presta, não prestam. Entortou-se toda e perdia ar por todo o lado. Mais uma tentativa com outra câmara, e desta vez, com sucesso. Há muito que não demorava tanto tempo a arranjar um furo.



A melhor vista da zona



Depois desta longa paragem, rumámos para a zona da Peninha para irmos aos Burros. Depois de umas fotos no topo, fui com o Telmo por ali abaixo. Iamos tão contentes pelo estradão abaixo que falhámos a entrada para o single. Felizmente encontrámos uns corajosos do cross que nos mostraram o caminho da salvação. O trilho é tal e qual aquilo que eu me lembrava dele, só que agora, e já conhecendo os pontos criticos do mesmo, a velocidade é bem maior e puxa bastante pelos skills de pilotagem. Com jogo de pés, e visto que as curvas são sem apoio, temos slides que nunca mais acabam. Só a ultima vertical é que me continua atravessada, mas se o Telmo faz aquilo à primeira, eu também vou ter de fazer!!



voa (muito) baixinho


A seguir fui com o Tó a mais uma descida nos Burros, ainda mais rápida que a primeira. Lá pelo meio do trilho, mais uns corajosos a descer aquilo com bikes e capacetes menos adequados para grandes pendentes, mas o verdadeiro “espirito MTB” não se mede com distancias entre eixos, curso de suspensões ou angulos de direcção. Depois das habituais saudações entre o pessoal das rodas 26, já cá em baixo, para além de alguns conselhos para aquela descida, ainda nos pediram uns saltos para tirarem foto. No fundo no fundo, até mesmo os mais “atletas” acham graça à saudável loucura anaeróbica que é o DH…


abraços,

sub

sexta-feira, 23 de abril de 2010

lisboa-fatima? feito!

Depois de vários adiamentos por causa da meteorologia foi no último fim-de-semana que se realizou este raid, para uns foi mais uma, para outros uma estreia absoluta (eu incluído), no entanto julgo que para todos foi no mínimo memorável.

Sexta-feira quando me levantei e vi o que chovia, pensei que mais uma vez íamos adiar a “voltinha”, pois chovia torrencialmente, e as previsões apontavam para trovoadas no centro do país, puro engano! Não havia desistências bem pelo contrário ainda estavam mais contentes, assim era mais desafiante! 1º pensamento;

- Tou tramado, vou com gente doida, e nem sequer sou católico!

7:30 da manhã de sábado e já estava, como combinado, na rotunda das bolas em Massamá para ir ter com os outros, foi carregar as bikes e próxima paragem torre Vasco da Gama, que ia começar a peregrinação a Fátima! Assim que chegámos, encontramos o último peregrino, por sinal o mais batido nestas andanças como atestam as 4 viagens a Fátima que o bicho tem no seu invejável curiculum, entre muitas outras, e bastante mais exigentes! Foto da praxe para marcar o inicio e lá arrancámos nós até parecíamos domingueiros a andar no paredão da parque das nações, o que nos denunciava eram as mochilas que todos nos levávamos ás costas, demasiado grandes e pesadas para uma voltinha no paredão! Alguns minutos mais tarde á entrada de Sacavém em plena margem do grande Trancão chamam-me a atenção para pequeno marco de sinalização que se encontrava á entrada de uma estrada de terra batida, era o primeiro marco a indicar que o caminho dos peregrino para Fátima tinha inicio ali, naquele preciso local! Apenas aí soube que existe realmente um caminho perfeitamente delineado e marcado por esse Portugal até á terra dos pastorinhos, e que seria por esse caminho que a nossa viagem ia decorrer, ou seja íamos mesmo em peregrinação ate Fátima!

Nesta altura sinais de chuva só mesmo na nossa cabeça e no piso, e esses notavam-se especialmente nas estradas de terra batida! Foi por estas alturas que aconteceu um dos episódios mais marcantes da viagem, íamos nós a percorrer o Trancão quando no meio dum autêntico lago de lama vemos uma carrinha completamente atascada! Como é óbvio paramos para ajudar o “chefe”, e em boa hora o fizemos, caso contrario ele não saia dali nos próximos tempos, lá fomos nós empurrar a carrinha no sentido em q ela estava ate que o chefe nos diz,

- Não é para esse lado que eu quero ir, é para o outro!

- Como?? atao se você que ir para ali pq é que esta virado para o outro lado?

- Foi da lama!

Empurrar a carrinha já não era nada fácil quanto mais fazer uma inversão de marcha em pleno lamaçal, quando demos por ela, tava a carrinha mesmo entalada, nem para a frente nem para trás, nós todos cagados de lama e o “chefe” com medo de sujar as calças de lama! Sorte das sortes, no preciso momento em que começamos a olhar uns para os outros e a encolher os ombros aparece um jipão todo artilhado para o TT, e melhor ainda disponível para ajudar, foi a sorte do “chefe”! Lá pusemos o guincho na Vanette, e só com algum esforço é que a carrinha saiu do meio daquele pântano! O homem estava todo contente da vida e deu a cada uma das equipas 20€! Tudo fica bem quando acaba bem! Perdemos cerca de 45 minutos com o “chefe”, mas ganhámos uma história para mais tarde relembrar, e 20€ para as bifanas do almoço, a cerca de 50\60 km dali!

Tendo em conta o tempo perdido acharam por bem irmos num ritmo mais rápido pois tínhamos de compensar aqueles 45 minutos. Ate chegar a Alverca foi talvez, em termos de condições do terreno, o pior da viagem pois a lama era mesmo muita, e a roda traseira derrapava e escorregava que era uma coisa maluca. A esta altura já me questionava, se os 1ºs 20km são assim nem quero imaginar os restantes 85 ate chegar á cama! Puro engano! Não fosse o ritmo elevado, que oscilava entre os 25km\h e os 35km\h e era trankilo! Boas estradas, bom tempo, e claro, muito boa onda, eram a nota dominante da peregrinação!

As localidades iam ficando para trás a um ritmo alucinante e foi mais ou menos assim que chegámos á Valada, a 20 km de Santarém, para o prometido repasto, ainda por cima pago com o dinheiro do “grande chefe”! Tudo corrido a bifanas só variava o Isostar, para uns Coca-Cola, para outros água, e só para alguns copos de vinho!? E não é que eram estes do vinho que andavam e impunham ritmos loucos durante todo o percurso!?? Sempre ouvi dizer que o vinho fazia bem e dava saúde, tive a prova!

Devoradas as bifanas era hora de nos fazermos á estrada, que ainda falta um “bocadinho”, assim que nos montámos nas bikes para arrancar, as poucas gotas de chuva que começaram a cair durante o almoço como que por encomenda acabaram, mais um bom prenuncio! Antes de Santarém apenas realce para o único problema mecânico que aconteceu durante a viagem, um simples furo! Apenas um furo durante toda a viagem, nada mau! Claro que se tomaram algumas precauções para que fosse só isso a registar na ficha mecânica, algumas paragens para lavar as meninas e carregar a corrente com óleo, pois a lama tinha sido muita e ao menor sinal de chiadeira –“mete óleo” !!(na corrente claro)

Já me tinham avisado que a dureza só começava com a chegada a Santarém, e era verdade! Mesmo antes de chegar á cidade em si levámos logo com uma p… duma rampa, meu deus, nunca mais acabava, ainda por cima com uma inclinação bem acentuada! Da cidade de Santarém só me lembro mesmo das rotundas a alta velocidade das obras e pouco mais, e como tudo o sobe tem que descer, a saída da terra dos escalabitanos foi feita a alta velocidade, mesmo alta, acho eu dei cerca de 61km\h numa destas descidas, foi a vingança da subida inicial!

À saída de Santarém, tempo para uma ultima paragem de reabastecimento, mais um marco com a indicação do caminho dos peregrinos, e já só faltavam cerca de 20km até ao sito onde íamos pernoitar! Pensamento do Jay, 20km com esta pedalada uma horinha e tá feito! ERRADO! Pois bem foi a partir deste momento que começaram as tormentas, o plano deixou de existir, e alcatrão nem vê-lo, nem parecido! Afinal bem me tinham avisado que a viagem só começava a sério depois de Santarém e era mesmo assim! Os últimos km foram de um verdadeiro suplicio para mim, a juntar ao já tremendo cansado físico, veio a quebra psicológica, e se o percurso não era fácil, pior ficou! Quando metes na cabeça que já falta pouco, tás a contar km a km para o fim, e depois as tuas contas são trocadas, vais te abaixo nas canetas.

Após a paragem foram me dizendo já só faltam uma ou duas subidas, é chegar ao moinho e já lá estás! Ok! Fiz a gestão do esforço até ao moinho, e que subida a do moinho, pela 1ª vez os temerários levaram as bikes á mão, quando lá chegámos a cima, paragem para as fotos do costume mais uma barrinha energética e lá vamos nós que é já ali! Já sem forças comecei a descer quando chegamos ao fim da descida olho para cima e vejo outra rampa, e pergunto:

- Então não era aquela a ultima subida?

- Nã, esta é que é mesmo a última, que a dormida e o jantar são mesmo já ali!

Ok, já sem posição no selim lá subi! Chegados ao topo da rampa um pequeno declive e mais uma descida ao contrário. Pergunta da ordem;

- Então c**** não era a última?

- Não. Ainda faltam mais uma ou duas e aí é que chegamos!

Completamente destruído fisicamente só com muito esforço psicológico e com as poucas reservas de energia que me restavam é que fiz as tais duas ou três subidas em plano muito inclinado! Quando os vi a comemorar a chegada ao destino fiquei mesmo muito aliviado pois tinha conseguido chegar ao destino sem me ir completamente abaixo nas canetas, mas realmente estava esgotado! Olhei em volta a ver se encontrava o motivo de tanto regozijo da parte deles e inocentemente perguntei:

- Olha lá onde é que é isto que eu não consigo ver o sítio?

- É já ali é só descer isto é tamos lá, esta foi a ultima subida!

Quando acabámos de fazer a descida, continuei sem ver o sitio, e perguntei por ele outra vez, ao que me disseram é só subir isto, e tas lá! Não aguentei, e mandei o gajo para o cestinho das antigas naus dos navegadores!! Só lhe dizia voltas me a dizer que esta é ultima e furo te os pneus! Durante toda a viagem foi o momento em que mais cansado me senti. Felizmente que era mesmo a ultima subida antes da dormida! A dormida diga-se foi no centro de ciência viva do Alviela! Cinco estrelas, diga se de passagem, não só pelo preço (8€ com cama feita, ou 5€ sem direito a cobertores), mas também pelo excelente jantar que nos serviram, desde as entradas regionais, ate a divinal mousse de chocolate final! Após o jantar seguiu-se o habitual rescaldo da jornada, com muita conversa sobre bikes e afins, tudo regado a moscatel para uns e a marlboros para outros! Claro que o convívio com os nativos foi um dos pontos altos da noite, sobretudo com o bem disposto Eddy, o seu nome artístico! Que só saiu da playboy porque quis!

Como é normal nestas ocasiões os momentos que antecederam a dormida foram só rir com tanta parvoíce acumulada, sempre ao som dos trovões que se faziam ouvir e cheirar naquele quarto!

Domingo, 8 da matina e está a levantar pois a ultima etapa desta viagem sendo mais curta que a 1ª era bastante mais difícil, era do género dos últimos 20 km do dia anterior, mas em versão 60km! Como estava tudo fechado foi mesmo sem pequeno-almoço que nos pusemos á estrada. Estrada qual estrada? De barriga vazia com o rabo sem se puder sentar no selim com dores, eis que aparece uma pequena subida que tem de ser feita á mão, só para sair do centro! E foi assim que começou o 2º dia, com dores, com fome (barras não são comida da gente), com cansaço, com frio e com subidas! Tomámos o pequeno-almoço na aldeia de Monsanto, no meio da serra, e ta a arrancar outra vez, que temos um destino e um comboio para apanhar por volta das 14.30! No meio da serra começo a ver um sitio que não me era estranho, tínhamos chegado à serra de Minde, local onde me estriei em provas de XC, pois bem a dureza não tinha passado e aquilo que já não me lembrava muito bem pude voltar a confirmar, aquilo é mesmo alto e difícil, a única diferença é que desta vez não fomos pelos trilhos mas para facilitar fomos por estrada! Foram uns quantos km a subir bem devagar, até que chego a um ponto da subida e o Hugo me chama a atenção para a velocidade a que íamos a subir, 18km\h! A subir, e sem grande esforço, ele diz que naquela zona é normal subir aquela velocidade, pois meu amigo deixa que te diga que para mim não é nada normal subir aquelas encostas a quase 20km\h! Chegados ao topo da serra foi tirar a foto da praxe e preparar a descida que era bem longa e perigosa! Confirmo-vos que realmente é bem longa e íngreme esta descida, deu para tirar a barriga das misérias e acho que bati o meu recorde pessoal de velocidade em cima duma bicicleta, dei 73,41km por hora!!! Só possível porque não nos cruzamos com qualquer carro na descida e as estradas estarem em boas condições, fiz a ultima curva a 50km\h e parece que ia parado, de loucos aquela descida, realmente perigosa mas apenas pela velocidade que se atinge, um espeta ali e nem quero imaginar as consequências!

Ate Fátima foi sempre a andar bem sem grandes paragens, excepção feita para uma que aconteceu em “vale dos coelhos”? Continuo sem saber o nome da terra mesmo depois de ter perguntado a três pessoas diferentes. Nesta grande metrópole do nosso país estava um género de feira com 3 vendedores diferentes, e uma banca de frangos assados que segundo eles era para dar apoio aos peregrinos que por ali tinham obrigatoriamente de passar! Vontade de por ali ficar e almoçar não nos faltou, tal não era a receptividade e hospitalidade com que nos receberam, desde sandes de fígado, ate espetadas grelhadas, o belo do franguinho, passando na entremeada e acabando na febra, tudo era bom e cheirava maravilhosamente bem! E o vinho jovens? Do melhor que tenho bebido recentemente, parecia mesmo o néctar dos deuses! Claro que nada daquilo foi oferta, á excepção de dois copos de vinho, o meu e o do outro João, Velho para os amigos! Depois de uma conversa entre nós chegámos á conclusão que era melhor arrancar sem almoçar pois o tempo urge e o comboio não espera por nós, foto de grupo e vamos embora! Ate chegar a Fátima deu tempo ainda para, como é habito, perder mais uns óculos e cruzarmo-nos com mais peregrinos, eles a pé.

Só acreditei que tinha chegado quando cruzei a placa que dizia FÁTIMA, e tinha chegado mesmo! Após a chegada sentes uma enorme euforia contida pelo simples facto de teres chegado, que é impossível de explicar e verbalizar! Parabenizamo-nos a todos e fomos ao santuário, para mim outra estreia, nunca lá tinha ido, não tinha mesmo a noção do gigantismo daquele sitio, chegámos ainda se rezava a missa dominical! Tempo para telefonar aos entes queridos e partilhar a sensação da chegada ao destino. Tempo ainda para os crentes irem acender uma velinha e eu estrategicamente fiquei cá em cima a guardar a bikes. Engraçado foi ver a cara de dezenas de pessoas todas vestidas a preceito para o acto solene de domingo e nós completamente cagados de lama e equipamentos á btt. Passados 10 minutos da chegada ao santuário começou a chover! Era tempo de ir á procura dum café qualquer para ir comer qualquer coisa e arrancar para a estação da CP!

Quando nos dizem a estação de comboios de Celorico da Beira, no mínimo estas á espera que a estação de comboios seja em Celorico da Beira, correcto? Claro, excepto se tiveres a falar da estação de comboios de Fátima, que em vez de ser em Fátima fica a 20 km de Fátima, faz sentido? Não, especialmente se já tiveres cerca de 130km de bicicleta em cima. Não achas piada nenhuma á situação! Como já ia sendo hábito assim que nos começámos a equipar para o ultimo troço de viagem a chuva pára e o tempo abre para um sol radioso. Lá vamos nós todos contentes, e como o tempo já não era muito foi decidido que aquele troço tinha de ser feito a puxar para não corrermos riscos de perder o kimboio, e se aqueles meninos dizem que vão puxar, acreditem eles vão puxar mesmo!!! Como eu ia com o homem do GPS, por muito depressa que os da frente fossem em determinado sitio tinham sempre que esperar pois ali já não havia marcos com a indicação do caminho a seguir, e ninguém se queria enganar e ir para o porto ou qq coisa parecida. E assim fomos ate quase á estação de comboios, porque antes de chegarmos lá somos presenteados com a maior, mais comprida, e talvez mais difícil subida do percurso, mesmo só para complicar o que já não estava nada fácil, sobretudo com o sol a queimar, a fazer um calor muito pouco agradável e nada adequado aquele esforço físico! Terminada aquela provação tive uma visão deslumbrante, os carris dos comboios! Sabia que estava a chegar ao fim, não faltou muito para lá chegar, mais uma subidita de 200m e lá estava ela, sedutora, linda como nunca, a estação de comboios de Fátima, que não fica em Fátima mas é de Fátima. Agora sim terminara a viagem por meio de uma bicicleta, era tempo de me sentar num banco realmente confortável, e locomover-me sem qualquer dispêndio de energia! Engraçado (ou não) foi sabermos que afinal o comboio só chegava uma hora e meia depois! Tempo de nos desequiparmos e irmos atestar o depósito ao café da estação. Tinha chegado ao fim a viagem a Fátima de bicicleta.

Em jeito de conclusão, garanto-vos, que apesar de todo o desgaste físico, de todas as dificuldades que senti, vou voltar a fazer mais viagens deste género e aconselho todos vós que leram este longo post a fazerem-no, desde que se preparem convenientemente para o fazerem, mais psicologicamente do que em termos físicos, pois se a mente estiver preparada o corpinho vai atrás!



ficam aí algumas das fotos tiradas





o inicio da peregrinação
vai uma maozinha?


tava na altura do chefe chamar a assistência em viagem!


tudo bem quando acaba bem, e nós com mais 20€!


bifanas algures no ribatejo...

no alto da subida do moinho, era a ultima do dia, diziam eles...


break-first in monsanto

alto da serra de minde, prestes a bater um record pessoal.

deviamos era ter ficado para o almoço

o Casimiro na véspera da partida tinha tido uma gastroentrite! sofreu ele e nós com os seus trovões!


nuno "the rocket" foi ele que impôs sempre o ritmo durante os quase 200km's, e que ritmo


o grande joão, no alto dos seus 45 primaveras com muito para dar e disputar, salvé velho!


eu mesmo a alongar apos a chegada ao santuario. mesmo com dores nota-se a felicidade


o repouso dos guerreiros á espera do cavalo de ferro!



abrçs
jay