Eu, que tinha estado doente durante a semana não resisti ao apelo do Covas de ir experimentar a máquina nova, lá fui... a antibiotico e brufen e com umas amigdalas do tamanho de bolas de golfe, mas fui! Ainda estivemos a cavar um bocado, a montar mais um tronco no drop para a 2ª secção, e a preparar as coisas para o shore que passa em cima da vala. Mas o que queriamos era mesmo experimentar o canhão!
O Covas foi estrear a sua nova máquina e regressou logo de sorriso montado. Andava ali um bocado a cavar, depois fazia uma descidinha e depois voltava ao trabalho. A seguir foi a minha vez e logo na 1ª descida deu logo para perceber que está ali bicicleta que nunca mais acaba... é dropar para flat com ela e nada, não se passa nada. E quando tiver uma suspensão mais adequada temos ali a "ultimate freeride machine". Parabens meu velho, que grande negocio que fizeste!!! Claro que com um brinquedo destes nas mãos, a vontade de cavar foi sendo cada vez menos e o fim da manhã foi só curtir e tirar umas fotos para eternizar o momento.
Neste ultimo fim de semana, voltámos à carga lá nas obras, esta semana voltámos a contar com o JP. Almoçámos bem cedo no Sábado e ao meio dia e picos já lá estávamos. O objectivo do dia era muito claro: fazer o shore por cima da vala, que fica apontado ao drop para a 2ª secção. Lá fomos, munidos com mochilas, comida, serrotes enxadas, e com os canhões (desses e dos outros). Eu continuo a achar que quem nos vê passar fica um bocado intrigado com aquilo... "quem serão aqueles agrociclistas?" ou "Será que são pastores newschool?" ou "Olha, aqueles vão cavar de capacete".
Chegados ao spot começámos logo a trabalhar, e num sincronismo perfeito: eu andava a mandar umas arvores abaixo, o JP a serrar à medida e o Covas a pregar. Apesar de ainda ter dado tempo para se irem fazendo umas descidas, estava tudo cego com o objectivo de terminar aquilo. No fundo, muito cedo percebemos que aquele shore ia tornar tudo diferente, e que o "dropzinho" feito com velocidade, já não era "dropzinho" nenhum...
O Covas teve a tarefa de ser o test driver (ou test dummie se aquilo caisse), e a partir dali foi começar a abusar. Ainda fomos fazer umas descidas desde lá de cima, mas o petisco do dia era mesmo aquele drop. Depois de uns saltos a correrem bem e com a confiança em altas alguem disse "vamos lá subir a fasquia" e começaram-se a fazer saltos sem levar a mão aos travões. Estava lançada a parvoice, que só acabou com um grande tralho do JP, praticamente já no flat, que para além da queda ainda levou com a bicicleta na frente do capacete. Isto tudo sem colete, nem goggles... foi a 1ª vez que vi o JP a precisar de "esperar um bocadinho" até tirar o capacete (que tinha umas marcas valentes), mostrar as mazelas e levantar-se com esforço. Foi arrumar as coisas e vir embora que o dia já estava "feito"...